PAULO AFONSO – Como se não bastasse todos problemas envolvendo a Saúde municipal, a vereadora Evinha Oliveira (Solidariedade), na sessão ordinária desta segunda-feira (16), acendeu um alerta sobre a questão financeira da prefeitura que preocupa pacientes já combalidos com o atendimento precário do Hospital Nair Alves de Souza.
“Uma gestão contraditória”
A parlamentar começou o discurso afirmando que a gestão do prefeito Luiz de Deus é marcada “pelas contrariedades”.
Evinha rebateu explicações da prefeitura de que a verba investida no contrato de 329,500 reais para compras de lanchinhos finos seja disposta no orçamento da Secretaria de Educação para esta finalidade.
“Não sei qual a intenção que querem passar. Vejo que tentam enganar a população quando dizem que o contrato não é deste ano.”
“O pregão presencial de número 24 [para a compra de salgadinhos finos] que eu me referi em entrevista e na minha live é desse ano e da fonte 01, ou seja, recursos próprios; então qual é a prioridade?, é pagar aos pipeiros, é comprar remédios, e quitar as dívidas com fornecedores?, vemos que a prefeitura não está preocupada com a população, mas em fazer o que bem quer. ”
“O momento não permite”
Evinha lembrou que a prefeitura anunciou a compra de outro carro limpa fossa, fundamental para atender a área rural, cuja situação é calamitosa, mas que nunca viu o carro e perguntou se era por falta de recursos:
“São três meses que eu falo aqui sobre o carro fossa, e quando lancei o vídeo disseram que a prefeitura tinha comprado, cadê o caminhão que não chegou até hoje?, mas tinha recurso para gastar 330 mil com coffee-break.”
A vereadora segue criticando a Secretaria de Educação pela compra que causou tanta indignação na população.
“A gente sabe que isso existe e é normal, o problema é o momento. A gente sabe que foi suspenso o contrato dos óculos que não foi renovado porque falta verba; férias de servidores suspensas; atraso de fornecedores, os 330 mil não resolveriam, mas poderiam ser locados para outras necessidades, então eu volto a perguntar: qual é a prioridade dessa gestão?”