Que a gestão do prefeito Luiz de Deus (PSD) ainda não disse a que veio em mais de seis meses do segundo mandato no comando da prefeitura de Paulo Afonso, isso é verdade. Que está mal na avaliação popular, sim. Que faz uma administração amadora, centralizada na sua figura, fugindo dos quesitos de uma administração moderna, que delega tarefas, e sem ter uma base política, também é verdade.
Mas nem um destes pontos elencados pode servir de suporte jurídico ou político para alavancar na Câmara Municipal, um processo de impeachment, como defendem alguns vereadores e por um princípio basilar: não se conhece dele, por menor que seja, um ato que enseje a prática de corrupção.
Se querem combater o prefeito Luiz de Deus, que combatam na esfera da política, na crítica à gestão, mas querer lhe tomar um mandato por acharem que que é um prefeito fraco, é querer transformar o legítimo instrumento do impeachment numa brincadeira para satisfazer egos.
Posso até ter no futuro a língua queimada, mas acho muito difícil que consigam pegar o prefeito Luiz de Deus num ato que implique na prática de ilegalidades. O jogo, por ora, é político, e não jurídico.