Representantes de entidades do comércio, como lojas, bares e restaurantes, criticaram a volta das medidas restritivas imprimidas pela Prefeitura de Paulo Afonso. No entanto, especialistas em saúde alertam para a necessidade de restrições para conter o agravamento da pandemia.
A decisão do prefeito Luiz de Deus (PSD) de restringir por completo o funcionamento de atividades não essenciais e fechar o comércio, dividiu opiniões entre os representantes do setor produtivo na cidade. Os lojistas que representam o comércio e o setor de bares e restaurantes já avaliam a possibilidade de encaminhar documento ao prefeito, sugerindo alternativas ao endurecimento das restrições impostas à atividade econômica.
Empresários ouvidos pelo SITE disseram que as medidas de restrição adotadas pela prefeitura sem isolamento social são incapazes de conter o avanço da pandemia. O que motiva mais indignação é assistir bancos lotados, lotéricas com filas quilométricas, supermercados e feiras abarrotadas, reagem os empresários. Na outra extremidade o setor lojista é obrigado a baixar as portas.
Segundo os especialistas, se as medidas de restrição não forem intensificadas, não serão eficazes. O setor empresarial reconhece que é importante adotar medidas que reduzam o contágio para evitar que mais pessoas se contaminem, mas ressalta que também é preciso pensar no setor econômico. "A nossa preocupação maior é a saúde, são as vidas de todos, mas acontecerá uma perda muito grande de empregos e um fechamento de empresas no nosso município [se mantiverem o fechamento, sem critério]", disse um lojista.