“O que vemos é um absurdo e uma situação vergonhosa”. Essa foi a citação inicial do vereador recordista em votos no governo em 2016 e na oposição em 2020, Marconi Daniel, durante sessão ordinária remota realizada nesta segunda-feira, 14, ao fazer uma retrospectiva sobre os 04 anos de gestão municipal do prefeito de Paulo Afonso, Luiz de Deus. Para o parlamentar não há dúvidas que Paulo Afonso vive hoje um verdadeiro desmanche na saúde pública.
“Quantos casos de pacientes que perderam a vida por falta de um mínimo de estrutura, de recursos básicos e até de medicamentos. Nossa rede básica foi abandona e a conta chegou nos hospitais. Falo disso com propriedade porque recebo todos os dias casos de cidadãos que nos procuram para tentar salvar a vida de seus parentes. Quantos e quantos casos tivemos que remover daqui?. Lá fora, nossa saúde virou chacota”, disse.
A falta de remédios, a dificuldade em marcações de exames, hospitais sucateados, a exemplo do BTN, e a vergonhosa UTI da cidade foram alguns dos assuntos destacados por Marconi durante a sessão. “A saúde de Paulo Afonso não está mais na UTI, já morreu. Precisa ressuscitar. O Covid-19 está aí com números elevados de casos e mortes em todo país e não podemos deixar nossa população morrer a míngua. Façam testes, façam o básico, testem e melhorem os procedimentos nas UTIs Covid. Salvem as vidas”.
Marconi afirmou que: “iremos passar pelo maior caos na saúde pública na história de Paulo Afonso. Dia 1º de janeiro, a Chesf vai sair de vez da gestão e aplicação de recursos do Hospital Nair Alves de Souza. Hoje o Nair respira por aparelhos e depois de janeiro imagina o que teremos por lá. Tudo isso porque a prefeitura se meteu em assumir, quando deveria era ter seguido o acordado entre as partes, Chesf, Governo do Estado, Univasf e Ebsher”, destacou.
O vereador finalizou questionando como a Prefeitura de Paulo Afonso fará para reerguer a saúde do município. “Vão trabalhar essa gestão com quais recursos? Com promessas de deputados? Acorda prefeito! Nosso povo não agüenta mais sofrer. Comecem pela rede da atenção básica, estruturem os postos, contratem novos profissionais, levem novos postos para a área rural, melhorem as condições dos agentes de saúde, informatizem a saúde, busquem aplicar a UTI de verdade para o Nair. Estamos cansados de ver o nosso povo ser removido para capitais. Nosso povo está morrendo”, finalizou.
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