Uma história honesta e verdadeira foi contada no Debate 19, live semanal do candidato do Podemos, nesta terça feira (13), onde perguntas coletadas nas comunidades foram respondidas com veemência por Anilton e Flávio Henrique.
Entre os questionamentos, o motivo da ruptura entre Anilton e Luiz: “Conversei com pessoas confiáveis que afirmaram que a rejeição das minhas contas na Câmara de Vereadores, havia sido uma articulação do prefeito Luiz de Deus. Eu me senti realmente traído. Eu e o Luiz sempre fomos parceiros e amigos fraternos. Foi uma surpresa e fiquei muitos dias imaginando o porquê disso tudo”.
Durante o programa, Anilton relembrou a manobra orquestrada pelos seus hoje adversários, que segundo ele: “não foi um golpe dirigido somente para mim, afetou todo um complexo de pessoas que batalharam junto comigo. Eu fiquei muito triste. Em nenhum momento da história política de Paulo Afonso houve uma votação para rejeitar uma conta aprovada pelo Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia (TCM/BA)”.
Tentativa de golpe
Para o candidato a prefeito, a articulação, que tinha por finalidade impedir a sua indicação para as eleições municipais de Paulo Afonso em 2020, contou com a participação de vereadores e políticos que seriam na sequência, aliados a Luiz. “Teve a participação do vereador Mário Galinho, que vibrou com a minha reprovação, Jean Roubert, Leda Chaves, Zezinho do INPS, Zé Carlos, Cícero Bezerra, Pedro Macário, Bero do Jardim Aeroporto, Edilson do Hospital e Moreirão. Todos eles fizeram parte dessa injusta articulação. Com o tempo soube que na véspera da votação, o presidente da Câmara, e atual vice de Luiz, Marcondes, junto com assessoria jurídica da Câmara, participaram desse jogo sujo que seria deflagrado no dia seguinte a mim”, relembrou Anilton. Fomos à justiça, derrubamos a decisão e saímos isentos em 1º instância. Os vereadores que na votação eram oposição, com exceção de Mário Barreto, agora são todos aliados do governo.
Indícios
Ainda segundo Anilton, tudo iniciou em 2016, “as coisas mudaram quando Luiz assumiu a prefeitura. As pessoas começaram a me perguntar se estava acontecendo algo entre nós. Aos poucos fui sendo afastado da gestão e as coisas foram acontecendo. Chegaram até a fazer auditoria de várias secretarias, inclusive a da secretaria de Desenvolvimento Social de Ana Clara, minha esposa, parecendo que éramos oposição. Quando me lancei deputado em 2018, as coisas ficaram mais claras, Luiz apoiou Aleluia e parte do seu grupo ficou com Zé Ronaldo do Democrata e o presidente Bolsonaro”, disse.
Denúncias
O vice Flávio denunciou irregularidades na atual gestão: “nas compras da Covid-19, empresas de fachada participaram, são firmas que já fecharam e que já deram baixa na Receita Federal há pelo menos 02 anos. A Prefeitura pagou quase de R$ 1 milhão de reais de um contrato de um processo de compra de medicamentos em que a pessoa que assinou não era sócia da empresa”. Flávio disse ainda que: “estou colhendo uma série de documentos para embasar esses problemas e vou levar à justiça. Ao contrário do que você diz prefeito que eu sou um vice fantasma, eu digo que sei de mais coisas da gestão do que o senhor”, rebateu.
Flávio cobrou ainda maior agilidade no resultado da sindicância da prefeitura sobre investimentos na saúde durante a pandemia da Covid-19. “A população quer saber o resultado dessa sindicância. Vão esperar a eleição passar? Precisamos entender o que ocorreu. O senhor deve explicações ao povo de Paulo Afonso”.
Opressão
Para finalizar, Anilton mais uma vez, repudiou a retaliação praticada pela atual gestão ao obrigar servidores da prefeitura a participarem de ações da campanha política. Ele desmentiu que ao ser eleito vai demitir todos os funcionários e afirmou: “Soube que tem dias que a prefeitura chega a contratar de 10 a 20 pessoas. Atenção servidores, após as eleições, quem vai demitir vocês é o senhor prefeito Luiz de Deus. Do jeito que as coisas estão indo na prefeitura, ele vai demitir para conseguir fechar as contas da prefeitura e não deixar dívidas para a gestão seguinte”, afirmou Anilton.
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