A sindicância aberta pela prefeitura de Paulo Afonso para investigar a empresa fantasma com endereço no estado de Alagoas, e que participou de diversas cotações de preços para as compras do COVID-19, divulgada no diário oficial de ontem, nem começou e já podemos adiantar, não vai servir pra nada.
Basta ler a portaria que instaurou o procedimento de sindicância, que começamos a deixar de crer no verdadeiro intuito da atitude. Um dos componentes da comissão, é o advogado Daniel Carvalho de Albuquerque Farias, que tenho certeza não pediu para estar lá, mas, deveria pedir para sair, pois nos processos de compras em que a empresa fantasma participou o advogado deu parecer jurídico ou seja, participou do processo a qual agora irá investigar.
Afora essa situação estranha, a coluna está curiosa em verificar o resultado final do trabalho desta comissão, pois a conclusão não tem como ser outra senão o enquadramento do ex-secretário de saúde Giarone Garibaldi e do prefeito Luiz de Deus, que avalisaram com assinaram física e eletrônica todos os documentos que fazem parte das contratações, pagaram a empresa vencedora, e enviaram todos os processos para o TCM/BA já em forma de prestação de contas, o que comprova que concordaram, atestaram a regularidade e finalizaram toda a situação, que agora vai se transformar num bode que tem que ir para o armário de alguém.
Bem, mas vamos lá, nos esforcemos e vamos entender a situação: a prefeitura comprou cerca de meio milhão de reais em bens e serviços com cotações de preços de empresa fantasma. É feita uma denúncia no Ministério Público Federal sobre esses desvios. Estoura uma operação da Polícia Federal na região para combater esse tipo de ilícito. A prefeitura resolve então, investigar a si mesma e seu prefeito numa sindicância administrativa, interna. Ah tá!
Com o perdão da palavra, mas poderia ter ficado sem essa, a emenda está muito pior que o soneto, e o trabalho dessa sindicância, lamento informar, mas não passa de ouro de tolo.
A que ponto chegamos.
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