Política

Paulo Afonso - Bahia - 25/07/2020

Reabertura de igrejas durante pandemia coloca católicos e evangélicos em lados opostos

Luiz Brito DRT/BA 3.913
Foto: Ilustração

A volta do funcionamento das igrejas, mesmo que com apenas 20% da capacidade máxima, foi autorizada pelo prefeito Luiz de Deus (PSD) Deus, talvez pressionado pela grande parte dos pastores evangélicos, alterando o decreto para permitir que para as igrejas voltassem a realizar suas celebrações com a presença de fiéis.

Os pastores argumentaram que as igrejas estavam tendo um tratamento diferenciado. Enquanto diversos setores não estavam autorizados a funcionar, continuavam abertos sem nenhum tipo de fiscalização, já as igrejas, que dizem ter todas as condições de seguir as orientações necessárias, estavam impedidas de abrir suas portas.

Ocorre que a volta das atividades nos templos com público evidenciou uma imensa diferença na concepção entre líderes católicos e evangélicos. Na contramão da maioria dos pastores, católicos se posicionaram contra a reabertura da igreja no atual momento.

O último posicionamento veio do Bispo Diocesano Dom Guido Zendron, antes de optar pela reabertura das igrejas. O religioso se manifestou acerca da reabertura das igrejas e templos religiosos em tempos de pandemia do coronavírus. “Tomamos a difícil decisão de manter as nossas igrejas fechadas. Desde então, submetemo-nos às decisões da Governo, sem criar mecanismos para driblar a lei e, procuramos seguir todas as orientações das autoridades sanitárias. Em nenhum momento pressionamos o Governo ou a prefeitura, para acelerar o processo de reabertura das igrejas, porque acreditamos que ainda não era o momento para isso. Ademais, o “efeito sanfona” de abrir e depois ter que fechar, poderá trazer perdas irreversíveis para o nosso povo”.

Numa entrevista ao pastor João Neto, Dom Guido destacou que não ignora a crise econômica que acompanha a crise sanitária, porém, que “precisamos ser prudentes e sábios, para não nos deixarmos ser conduzidos por outros interesses, pois nosso interesse principal sempre será a defesa da vida acima de tudo”.

Conclusão: 

Se as igrejas, principalmente, por pressão dos evangélicos foram abertas fora da faixa prevista, vão ter que abrir também os restaurantes, os bares, lanchonetes e etc e etc, enfim, liberar geral, porque a lei é igual para todos. O que não cabe é o privilégio. Tem que haver igualdade.


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