Política

Paulo Afonso - Bahia - 08/06/2020

Onde passa um boi, passa uma boiada

Luiz Brito
Foto: Divulgação

Até semana passada o prefeito Luiz de Deus vinha tendo uma conduta correta no enfrentamento da pandemia da Covid-19, tomando todas as medidas preconizadas pelas autoridades mundiais de saúde, como a OMS. Ao ler sua flexibilidade em transformar a atividade religiosa em atividade essencial, ao reabrir os templos, é de se perguntar: o seu cérebro entrou em curto circuito de uma hora para outra? Quer incentivar a aglomeração em plena pandemia? Não basta a falta de consciência da maioria da população, em não seguir o decreto de isolamento social?

De forma lúcida, o Bispo Diocesano Dom, Guido Zendron se posicionou contra a reabertura seletiva, o que indica que a Igreja Católica é contra isso ocorrer numa curva ascendente da pandemia. Dom Guido disse que, se deve esperar os casos baixarem para implantar uma medida de reabertura dos templos com todos os cuidados, mesmo lembrando a importância do auxílio espiritual nos momentos difíceis da vida. E quando abrir deve ser dentro de medidas rígidas com normas sanitárias para evitar grandes aglomerações, disse. Se o prefeito Luiz de Deus continuar em curto circuito, passar por cima de tudo, não poderá impedir que, as outras atividades não essenciais abram as sua portas e mandem o seu decreto de isolamento às favas, porque estará dando motivo a uma desobediência civil. Com a porteira aberta, onde passa um boi, também passa uma boiada, diz o dito popular.  


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