Sobreviver em um país como o nosso não é uma tarefa das mais animadoras, mesmo com todas as publicidades apontando para uma melhoria significativa nos padrões de vida do povo brasileiro. Porém, em momentos de reflexão, gasto o resto dos meus neurônios com uma busca para um dos enigmas mais intrigantes do cenário administrativo local. Toda empresa precisa de lucro, correto?Pois bem, algum cidadão poderia me explicar como se gerencia uma empresa de radiodifusão sem propagandas?Como se paga energia?Funcionários e tantos gastos mais? Bom, para os menos esclarecidos, trabalhar com veículos de comunicação em algumas partes do mundo não é diferente do Brasil, os gastos são os mesmos. Para se ter uma ideia, nos EUA, caso a empresa não seja estatal (governamental), cerca de 88% do capital que entra com qualquer tipo de publicidade é utilizado para pagamentos relativos aos gastos da emissora, bem como em sua modernização (que é realizada bienalmente). Na Europa, o ganho é um pouco menor em termos de percentual, mas existe uma ajuda de custo sobre o montante adquirido com os lucros, é como se fosse uma ajuda de alguns governos. É claro que isso não ocorre em todos os países do Velho Continente. Independente de que forma se gerencie uma determinada emissora que já está enrolando o povo por tantos anos no ar em Paulo Afonso, é bom que nos próximos anos o seu aparente e único proprietário tenha um pouco mais de maturidade administrativa. O seu vício por comunicação não o condicionou para os seus sinistros comentários, mas lhe ofereceu a capacidade de ser um péssimo gerenciador em termos de radiodifusão. Tudo bem que o mesmo vem trazendo as duas combalidas emissoras aos trancos e barrancos(sabe Deus como), por falar nisso: qual o motivo dele anunciar a sua emissora em amplitude modulada se ela nem está no ar, estranho, não acham?É bom colocar as barbinhas de molho meu barulhento amigo, um dia a fonte seca.