Atualmente, são entre 90 mil e 100 mil unidades, segundo a Resale, que é uma plataforma especializada na venda desses imóveis, feita com base nos balanços dos principais bancos do país: Caixa, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander.
O alto índice de desemprego e a falta de planejamento na hora de comprar a casa própria podem acarretar inadimplência e até perda do imóvel. Houve uma facilidade muito grande para aquisição da casa própria, mas muitos consumidores não estavam preparados para o tamanho da dívida.
O contrato de alienação fiduciária permite que o banco tome o imóvel de volta quando três parcelas do financiamento atrasam. Ao atrasar uma mensalidade, o devedor deve recorrer à sua reserva financeira, como poupança ou FGTS.
Se o imóvel for a leilão, o mutuário só terá chance de retomar a propriedade na Justiça, e antes que o bem seja arrematado. Este ano a caixa foi quem mais tomou imóveis e colou a venda.
A cobrança é extrajudicial, feita por notificação aos devedores por meio de cartório, o mutuário tem 15 dias para pagar a dívida ou o banco pode tomar o imóvel e colocá-lo à venda por meio de leilão
Para ganhar tempo, renegocie as parcelas com o banco. É possível acrescentar as prestações em aberto ao saldo devedor e gerar uma nova prestação no mês seguinte, mais alta, mas que elimina a inadimplência.
Se não tiver sucesso no acordo, é recomendado recorrer à Justiça. Peça a suspensão do pagamento das prestações por um determinado tempo e uma auditoria na dívida para saber se não está pagando juros abusivos.
A dívida poderá ser que não seja eliminada, mas poderá baixar o valor da prestação e quem sabe pedir até a quitação do débito. Para quem está no programa Minha Casa, Minha Vida, por, é possível habilitar um seguro que cobre até 36 meses de prestações para casos como desemprego.
*Luiz Neto Advogados Associados
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