Além de piorar suas previsões para a atividade econômica em 2018 a Confederação Nacional da Indústria (CNI) também espera um aumento no desemprego, nos juros e na inflação neste ano.
A projeção para a taxa de desemprego passou de 11,8% projetados em abril para 12,4%. "A frustração com a retomada do crescimento econômico tem sido a principal razão para a recuperação abaixo do esperado do mercado de trabalho", comentou.
A previsão para a inflação medida pelo IPCA passou de 3,7% para 4,21%, abaixo, ainda, do centro da meta de 4,5% fixado para este ano. A expectativa é que a taxa de juros feche o ano em 6,5%, acima da anterior, de 6,25%.
Para as contas públicas, a previsão é que o governo federal feche o ano com um déficit primário de 2% do PIB, ante 2,2% previstos anteriormente. A previsão, no entanto, é que um aumento no déficit nominal de 7,2% para 7,5%. A dívida bruta do setor público alcançará 76,3% do PIB, projeção que estava em 73 7% em abril.
A entidade ressalta que, com o déficit fiscal e a dívida pública crescentes, o próximo governo terá de fazer um grande esforço para equilibrar as contas e que, apesar de crucial, apenas a reforma da Previdência não será suficiente.
"São necessárias medidas adicionais de contenção do crescimento dos gastos obrigatórios, como o com o pessoal e outros programas de modo a assegurar o cumprimento das metas fiscais constitucionais - o teto dos gastos e a regra de ouro -, além da meta do resultado primário", completa.
A confederação espera que o dólar chegue ao fim do ano cotado em R$ 3,80,fechando uma média anual de R$ 3,63. Anteriormente, a expectativa era de dólar em R$ 3,40 em dezembro, com média anual de R$ 3,35.
A CNI projeta ainda que o saldo da balança comercial feche o ano com superávit US$ 62 bilhões (ante US$ 58 bilhões). Para o saldo em conta corrente, a expectativa é de déficit de US$ 20 bilhões (ante US$ 25 bilhões).