Não há um só dia, pelo que sou capaz de lembrar, em que não nos deparamos com pelo menos uma comentário negativo sobre o des-governo do ex-interino de Jeremoabo, Antonio Chaves(PSD), também apelidado de passageiro da agonia. Enquanto isso, o novo governo busca alternativa para honrar os salários de servidores que inexplicavelmente deixaram de ser pagos no mes de junho.
Ocorre que manter em dia os vencimentos dos que compõem o quadro do funcionalismo público não é mais do que obrigação do governo. Haveria recursos de sobra se não fosse o desperdício de dinheiro público com tantas inutilidades de um governo carcomido pela inoperância.
Tudo é tratado com tanta displicência e sem o senso do ridículo que ainda temos alguns da "turma da boquinha" que se preocupam em defendê-lo,no rádio e nas redes sociais
Servidores foram demitidos, outros levaram calote do governo, enquanto este se dava ao desplante de gastar – diante dos nossos narizes torcidos pelo festival de corrupção ao qual assistimos sob os governos de Tista, Anabel e Chaves – mais recursos públicos com diárias e propagandas institucionais que com a saúde e a educação.
Candidato do continuísmo, o Sr. Antonio Chaves agiu como se fosse a grande novidade da política que em apenas um ano e meio colocou a população de joelhos diante da fragilidade administrativa e da violência galopante.
Daí chamo a atenção do leitor para um detalhe relevante nessa época de tantas omissões – sejam elas retóricas, como a de Anabel de Tista, ou funcionais, como a do ex-interino Chaves: coube ao novo prefeito Derí do Paloma(foto) puxar para si a responsabilidade de re constituir o estado de pre falencia administrativa do município.
E Derí não vai fazer isso por que quer sobre si os holofotes – ele simplesmente vai tratar de se tornar protagonista no cenário em que Chaves foi um mero figurante, e que até dia desses apesar dos seus cinco mandatos de vereador não era conhecido da maioria dos moradores, era o Chefe de Executivo Municipal jeremoabense. Com efeito, Chaves não terá como responder aos incontaveis erros administrativos cometidos por ele ao longo do fatídico mandato. E é nessas horas que o silêncio é bem mais cômodo que a coragem de dizer a verdade.