Com baixa procura pela vacina contra a gripe, o Ministério da Saúde anunciou na quarta-feira (13) a prorrogação pela segunda vez neste ano, a campanha de imunização contra a doença.
Iniciada em 23 de abril, a campanha estava inicialmente prevista para terminar em 1o de junho. Em seguida, com a dificuldade de acesso aos postos de saúde devido à greve dos caminhoneiros, essa data final foi adiada para 15 de junho.
Agora, a campanha será prorrogada até a próxima sexta-feira (22).
Após esse período, as doses restantes passarão a ser ofertadas também para crianças de cinco a nove anos e adultos de 50 a 59 anos, grupo que não estava previsto inicialmente na campanha, mas também considerado como um dos mais vulneráveis a complicações pela gripe. A oferta dependerá da disponibilidade de vacina em cada município.
A medida ocorre diante da dificuldade enfrentada pelo governo em atingir a meta esperada para vacinação, que era de imunizar até 90% do público-alvo.
Em Paulo Afonso, de acordo com a coordenadora da Humanização da Prefeitura, Thais Siqueira, o número de pessoas imunizadas ainda está abaixo do esperado. "Nós atingimos a meta de 60% e esperávamos que a procura fosse maior. Por esse motivo, estamos prorrogando. Esperamos que nesse prazo, a população venha aderir à campanha", diz a coordenadora.
Atualmente, fazem parte do grupo recomendado para a vacinação contra a gripe gestantes, mulheres com até 45 dias após o parto, idosos, crianças de seis meses a menores de cinco anos, trabalhadores de saúde, professores, indígenas e pessoas privadas de liberdade.
De acordo com o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, o ministério deve reavaliar as estratégias de ação para as campanhas dos próximos anos.
O governo também avalia a possibilidade de ampliar o público-alvo da oferta de vacinação contra a gripe nos próximos anos, incluindo pessoas de 50 a 59 anos, por exemplo. Outra estratégia em análise é substituir a atual vacina trivalente, que protege contra três tipos de vírus da gripe, para a quadrivalente.
A medida ocorre diante da possibilidade de aumentar o volume de vacinas produzidas no país pelo Instituto Butantan já em 2019.