Regional

Paulo Afonso - Bahia - 13/04/2018

‘Estamos sem aumento salarial há cinco anos’, diz presidente da APLB sobre greve em Glória-BA

Por Ivone Lima com produção de Manoel Alves.
Foto: reprodução
Sessão ordinária da Câmara Municipal com a participação da APLB Sindicato: Professores continua
Sessão ordinária da Câmara Municipal com a participação da APLB Sindicato: Professores continua

A sessão ordinária da Câmara Municipal de Glória-BA, havida excepcionalmente nesta quarta-feira 11, [pois na terça-feira 10, aconteceu o sepultamento da mãe do vice-prefeito José Nilson] teve a participação dos professores e da APLB Sindicato, com a sua presidente, Esmeralda Patriota, que usou a Tribuna para reivindicar o justo aumento dos professores da rede municipal.

Esmeralda rechaçou a fala de alguns parlamentares que puseram o movimento de greve, iniciado há alguns dias em suspeição, insinuando se tratar de ‘um movimento político partidário’, pois nos outros municípios não acontece o mesmo embate. Ora, cumpre perguntar: será que os outros municípios estão com o salário dos professores em franca defasagem, como ocorre em Glória?

O repórter Manoel Alves, da Rádio Bahia Nordeste conversou com Esmeralda: “Estamos em greve em Glória porque estamos há cinco anos sem reajuste salarial. E quem decide greve é a categoria, mas se eles se referem a greve política partidária eu discordo plenamente, até porque a maioria dos professores são eleitores do grupo do PP, e ninguém nunca viu nós fazermos balanço de votos”, disse Esmeralda em resposta a provocação de alguns vereadores e acrescentou: “Nem as mudanças de níveis estão sendo feitas, tem professor aí que terminou sua graduação há três anos.”

De acordo com Esmeralda, a data base do reajuste está em dia nos outros municípios, e em Rodelas-BA, a categoria vai se reunir porque ainda não foi pautada pelo gestor: “Nós dizemos quem avançou e quem está atrás, não entro em política de conveniência partidária.”

A desculpa do governo de queda de receita

“É o governo do mesmo grupo político, e nós tínhamos crise em 2014, 2015 e 2016, essa crise afetou-se por um problema político e não financeiro e isso reverberou, mas pontualmente em 2017 os municípios tiveram queda na receita, mas você paga a folha é com o FUNDEB [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação], nós temos tudo no site do Banco do Brasil, o dinheiro existe, o que se questiona é como se aplica; tem aperto mais são cinco anos sem reajuste, é o jeito ter eleições todos os anos que acaba o problema.”


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