O fato e a foto em que tanto o prefeito Luiz de Deus (PSD), como o secretário de saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, fazem parecer que a dita UTI será viável para Paulo Afonso, em seis meses que duram já vinte anos, é regozijada pela imprensa e superfaturada pelos políticos que precisam de muito ilusionismo para angariar votos de uma população que sofre principalmente da falta de oportunidades.
Eu acompanhei de perto, em meados do ano passado, um episódio que me obriga a ser realista e repudiar meus colegas quando estes também bebem o vinho da ilusão. Uma moça moradora do Boa Esperança, recebera a notícia que sua mãe, na sala de animação havia uma semana, finalmente morria.
Os irmãos estavam ao lado. Quem já sepultou um pai ou uma mãe pode imaginar que aconteceu nos instantes seguintes: aflição, dor, desespero, angustia, choro. Não somente porque a mãe morrera em decorrência de uma doença cardíaca, mas sobretudo porque a ela não foi dada a última chance de lutar. E assim aconteceu e acontece a centenas de famílias Paulo Afonso afora.
O que vemos agora é o requentar de promessas eternas às vésperas das eleições. Sim logo ali em outubro. Compre dizer também, que a família que perdera a mãe, precisou de um vereador para conseguir sepultá-la.
Para além da UTI, há mais de 40 mil desempregados no município. E não há a criação de novos postos de trabalho, não há o desenvolvimento mínimo da potencial indústria do turismo; em que pese um bom governo de Luiz de Deus.
Mas que falha em setores estratégicos. Eu, a bem da verdade, gosto do prefeito que não esconde o jogo, como o fez na última segunda-feira, desencadeando uma série de críticas cuja intenção, em sua maioria, era colher dividendos eleitorais para políticos mancos do município.
Eleitor amigo, evite o vinho com rótulo ‘demagogo’ porque sua ressaca pode ser mais que simples dor de cabeça. Seja esperto, beba água. Vejam que os políticos sequer temem repetir a mesma promessa. Faça você diferente.
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