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Paulo Afonso - Bahia - 21/10/2017

53 mil pessoas assistiram o beatle Paul McCartney em Salvador

Por Danutta Rodrigues, G1 BA
Foto (Divulgação)

Mais do que um show, uma experiência musical com Sir Paul McCartney. A noite do dia 20 de outubro de 2017 ficará na memória das 53 mil pessoas que foram até a Arena Fonte Nova assistir à última apresentação da turnê no Brasil do eterno Beatle. Sob arrepios, gritos e lágrimas durante clássicos da banda dos quatro garotos de Liverpool, Salvador teve a honra de receber Paul McCartney com a tour One on One pela primeira vez.

Apesar da pontualidade não ter sido britânica, os 15 minutos de atraso do show fizeram aumentar ainda mais a ansiedade do público que ocupava cada cadeira da arquibancada e a pista sob o gramado do estádio. Às 21h45, os telões posicionados nas laterais do palco anunciavam o início do show histórico. Em português, assim como fez por outras cidades brasileiras onde passou, Paul disse:

"E aí, Salvador? Beleza? Finalmente eu vim para a Bahia".

Ao som de "A Hard Day's Night", canção que nunca havia sido tocada por Paul como artista solo, abriu o show sob milhares de luzes de celulares que iluminaram a Arena Fonte Nova. Com a delicadeza de um gentleman, Paul McCartney interagiu com o público, fez 'coraçãozinho' com as mãos, e ainda deu uma rebolada com uma 'ginga' bem britânica. Nem mesmo a chuva que caiu antes e durante o show aliviaram o calor que fez Paul tirar o blazer logo na segunda música.

A explosão de imagens projetadas no palco, como uma narrativa visual de cada canção tocada por Paul McCartney, foi um espetáculo à parte. Os olhares vidrados de jovens, adolescentes, crianças e a turma contemporânea aos anos 60 se misturavam aos beatlemaníacos que, juntos, experimentavam a genialidade do show de Paul, que, há mais de 15 anos tem Abe Laboriel Jr. (Bateria), Brian Ray (Guitarra e Baixo), Rusty Anderson (Guitarra) e Wix Wickens (Teclado) como parceiros.

Com 70% de clássicos dos beatles, o repertório levou o público de volta ao passado e passeou pelo presente. Can´t Buy me Love, Let Me Roll, Blackbird, Eleanor Rigby, My Valentine, dedicada à esposa de Paul Nancy Shevell, que estava na Arena Fonte Nova, foram algumas das canções do show.

Love Me Do, outra música nunca tocada por Paul como artista solo, foi um dos momentos marcantes do show, assim como clássicos do Quarrymen, banda embrião dos Beatles, e Wings. Como em outras apresentações do britânico, Live and Let Die foi acompanhada de um show pirotécnico que surpreendeu quem assistiu ao show do ex-beatle pela primeira vez.

 

Na canção “Blackbird”, Paul McCartney comentou que havia escrito a canção sobre os “direitos humanos”. Em seguida, o coro "Fora Temer" tomou conta de parte da plateia, assim como aconteceu em outras cidades brasileiras. Em Let it Be, Yesterday e Hey Jude, acompanhado das velhas conhecidas plaquinhas do "Na na na", Paul embalou a Arena Fonte Nova.

Aos 75 anos, Sir Paul tocou baixo, guitarra, piano e ukelele, instrumento que toca em homenagem ao parceiro George Harrison no momento de Something. Em Here Today, dedicada a John Lennon, fãs foram ao delírio. Sempre atencioso e afetivo, Paul interagiu a todo momento com o público em português. "Vocês são massa!", "Valeu, gente!", "Ave Maria", disse.

Ao voltar para as últimas músicas, Paul desfilou com a bandeira do Brasil e ainda colocou em evidência a bandeira da Inglaterra e a da causa LGBT. Ele ainda recebeu no palco uma jovem de Salvador que dançou com ele ao som de Birthday.

"Está na hora de ir embora. Obrigado a melhor equipe do mundo. Obrigado a minha banda que é massa. Obrigado a vocês", se despediu dos baianos, após pouco mais de duas horas e quarenta minutos de show. Para quem ficou, a esperança de ter novamente a chance ver o beatle na terra da música. "Bahia, até a próxima", profetizou.

 

 

 


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