Iniciada nas últimas horas de terça-feira (19), a greve dos funcionários dos Correios na Bahia não deve impactar nos serviços de atendimento à população. De acordo com a empresa, todas as agências, inclusive nas regiões que aderiram ao movimento paredista, estão abertas, com todos os serviços disponíveis.
Nesses locais, afirmou a empresa em nota, já foi colocado em prática o Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos à população, e que o movimento está concentrado na área de distribuição.
O levantamento parcial da empresa, realizado na manhã de ontem (20), mostrava que 93,17% do efetivo total dos Correios no Brasil estavam presentes e trabalhando — o que corresponde a 101.161 empregados, número apurado por meio de sistema eletrônico de presença. No estado da Bahia, 76,17% do efetivo estão presentes e trabalhando – o que corresponde a 3.922 empregados.
Segundo a empresa, as negociações com os sindicatos que não aderiram à paralisação ainda estão sendo realizadas esta semana.
“Os Correios continuam dispostos a negociar e dialogar com as representações dos trabalhadores na busca de soluções que o momento exige e considera a greve um ato precipitado que desqualifica o processo de negociação e prejudica todo o esforço realizado durante este ano para retomar a qualidade e os resultados financeiros da empresa”, explica a empresa, em nota.
Greve e crise
Os funcionários dos Correios da Bahia estão em greve desde às 22h da última terça-feira (19). A paralisação continua por tempo indeterminado. Entre as reivindicações da categoria, está o reajuste salarial com base na inflação, mais R$ 300 de ganho real, e do ticket de alimentação para R$ 45, além do restante dos benefícios com base na inflação do período.
Os Correios vêm passando por uma crise econômica, precisando lidar com prejuízos na ordem de R$ 4 bilhões, dos quais 65% representam custos com pessoal. A empresa chegou a anunciar um Programa de Demissão Incentivada (PDI) no ano passado, tendo uma meta de incentivar a inclusão de 8 mil servidores na iniciativa. Porém, a medida resultou em apenas 5,5 mil adesões.
A companhia planeja fechar 200 agências até o final deste ano e colocar em prática novas medidas de redução de despesas e reestruturação da folha de pagamentos. De acordo com a empresa, o fechamento dessas agências acontecerá, em sua maioria, nos grandes centros urbanos.