Economia

Paulo Afonso - 08/06/2010

Ameaça de boicote a planos de saúde preocupa usuários de Paulo Afonso

Da Agência de Notícias de Paulo Afonso (ANPA)
Washington Luís
Josafá Oliveira - gerente administrativo financeiro da UNIMED - PA
Josafá Oliveira - gerente administrativo financeiro da UNIMED - PA

Aprovadas por lei desde 1º de janeiro de 1999, as novas regras estabelecidas pela ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar - para os planos de saúde, que estima beneficiar 44 milhões de usuários em todo o país, passaram a vigorar oficialmente nesta segunda feira (07), e já estão causando descontentamento entre médicos particulares e proprietários de clínicas e hospitais de Salvador, que ameaçam cancelar os atendimentos, alegando que o valor repassado pelas operadoras para os estabelecimentos não cobre as despesas, o que torna praticamente impossível aumentar o número de atendimentos sem que haja reajuste na tabela de preços atual. Com a mudança, a partir de gora as operadoras de planos de saúde são obrigadas a incluir na cobertura básica, 70 procedimentos, além de ampliar o limite de consultas em algumas especialidades médicas. Os usuários passam a ter direito a 24 consultas com fonoaudiólogo por ano e não mais apenas seis. Com nutricionistas, as consultas passam de seis para 12 e as terapias com psicólogos passam de 12 para 40 anuais. Ainda de acordo com a ampliação da cobertura, estão incluídos 16 procedimentos odontológicos, como colocação de coroas, blocos dentários, transplante de medula óssea, exame de imagem para identificação de câncer e a possibilidade de internação domiciliar.

Em Paulo Afonso, a ameaça de médicos da capital, de deixar de atender os pacientes usuários de planos de saúde, causou preocupação, principalmente entre pessoas idosas, que necessitam de atendimento constante. Procurado pela nossa reportagem, Josafá Oliveira - gerente administrativo financeiro da UNIMED - tranqüilizou os clientes, discordando do ponto de vista dos médicos da capital, já que os referidos procedimentos, segundo ele, estão sendo praticados desde a aprovação da lei, em 1999, sendo que agora passam a ser obrigatórios - "Nossa unidade possui atualmente 1.500 usuários mais os pacientes de outras unidades da região, que são encaminhados para cá, através de intercâmbio, chegando a totalizar 7.000 atendimentos. Se o boicote acontecer vai comprometer a qualidade do atendimento, mas eu acredito que tudo vai ser resolvido da melhor maneira possível", disse Josafá.


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