Muitos consumidores que viajam de ônibus não sabem por que além da passagem pagam uma tarifa de embarque. O dinheiro das tarifas serve para as concessionárias que administram os terminais rodoviários, entre outras obrigações, manter o ambiente limpo e seguro, e o valor varia de acordo com a cidade e com a distância da viagem. Isso mesmo, em Paulo Afonso, R$ 4 reais é quanto o passageiro paga pela tarifa de embarque, aquele bilhete amarelo que vem grampeado na sua passagem quando você está pra embarcar no belíssimo e aconchegante Terminal Rodoviário de Paulo Afonso.
A passagem de ônibus, com o bilhete de embarque, com saída da rodoviária de Paulo Afonso para Aracajú (SE),por exemplo, é de R$ 54,50, mais R$ 4,00 pro tal bilhetinho de embarque. Além, disso o responsável pela administração do terminal ainda aluga os pontos para as empresas de ônibus. Calcule por baixo quanto o administrador do terminal contabiliza por dia cobrando R$ 4,00 por cada passageiro. Então, se 200 passageiros saírem do terminal rodoviário em um só dia, o administrador do terminal contabiliza a bagatela de R$ 800,00. Ou seja, R$ 24 mil reais por mês. Ainda vem á reboque o aluguel dos boxes e do restaurante e a taxa para usar o sanitário. Em resumo um negócio rentável
Há uma lei complementar nº 149 de 2003 que determina que o encargo mínimo obrigatório da concessionária responsável por explorar o terminal rodoviário é manter um local coberto e com assentos disponíveis para abrigo dos passageiros, sanitários gratuitos, masculino e feminino, em boas condições de limpeza. Mas o que se vê no terminal de Paulo Afonso é exatamente o contrário. O consumidor percebe o abuso mas devido a ausencia de um Procon ou de um órgão municipal de fiscalização, fica sem tem a quem reclamar.