Começou, sorrire’. Parecia ser esse o comando dado pelo grupo Novos Baianos ao pisar, novamente, no palco da Concha Acústica do Teatro Castro Alves, na noite de sábado (11). Os antigos fãs - e, principalmente, os novos seguidores - abriram o sorrisão, feito bobo. Mas bobo foi quem não se balançou quando o grupo começou tocando ‘Anos 70’, embalados logo em seguida por ‘Dê um Rolê’, ‘A Menina Dança’ e ‘Preta Pretinha’. Não teve jeito: a Concha foi só amor da cabeça aos pés.
“Que Bahia mais linda! Obrigado”, agradeceu Moraes Moreira, que junto com Baby do Brasil, Pepeu Gomes, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão, fizeram com que a aposentada Gleide Dazé relembrasse a trilha sonora da época de namoro com o também aposentado Valdemar Santos. “Nós temos 41 anos de casados e os Novos Baianos eram o que a gente ouvia na juventude na minha vitrola quando ainda estava namorando”, recordou.
Esta mesma vitrola tocava o disco ‘Acabou Chorare’, que dá nome ao show da turnê especial do grupo que está rodando o país. “Eu tenho este disco até hoje, ali bem guardado”, afirma a aposentada. Não é de se espantar por que ela guarda a relíquia com tanto carinho. O álbum foi considerado o melhor disco de música brasileira do século 20, pela revista especializada Rolling Stone. O tempo passou, mas os baianos continuam novos.
Com apresentação única, o cenário preparado por Gringo Cardia teve ainda a presença de uma Caravan psicodélica. “Foi maravilhoso ter voltado à Concha já com o cenário do Gringo e anunciar a gravação do CD e DVD pra 17 de março”, disse Baby ao CORREIO. O veículo faz alusão ao carro que serviu de moradia para a banda, quando saíram da Bahia com destino ao Rio. O caminho, no entanto, foi o contrário. Os Novos Baianos estão em casa.