A estimativa do Ministério da Saúde visa imunizar 3,6 milhões de garotos em 2017. Os postos de vacinação do SUS na Bahia já estão vacinando meninos contra HPV, na faixa etária de 12 a 13 anos, além de 743 jovens que vivem com HIV/Aids.
Até o ano passado, a imunização era feita apenas em meninas. O Brasil é o primeiro país da América do Sul e o sétimo do mundo a oferecer a vacina contra o HPV para meninos. A faixa-etária será ampliada, gradativamente, até 2020, quando serão incluídos meninos de 9 até 13 anos.
A expectativa é imunizar em todo país mais de 3,6 milhões de meninos em 2017, além de 99,5 mil crianças e jovens de 9 a 26 anos vivendo com HIV/Aids. Para isso, o Ministério da Saúde adquiriu 6 milhões de doses, ao custo de R$ 288,4 milhões.
Outra novidade é a inclusão das meninas que chegaram aos 14 anos sem tomar a vacina ou que não completaram as duas doses. A estimativa é de que 500 mil adolescentes estejam nessa situação. Até o ano passado, a faixa etária para o público feminino era de 9 a 13 anos.
HPV em meninos
O esquema vacinal para os meninos contra HPV é de duas doses, com 6 meses de intervalo. Para os que vivem com HIV, a faixa etária é mais ampla (9 a 26 anos) e o esquema é de 3 doses (intervalo de 0, 2 e 6 meses). No caso dos portadores de HIV, é necessário apresentar prescrição médica.
A decisão de ampliar a vacinação para o sexo masculino segue recomendações das Sociedades Brasileiras de Pediatria, Imunologia, Obstetrícia e Ginecologia. A estratégia tem como objetivo proteger contra os cânceres de pênis, garganta e ânus, doenças relacionadas ao HPV.
A definição da faixa-etária para a vacinação visa proteger as crianças antes do início da vida sexual e do contato com o vírus. A vacina protege contra quatro subtipos do HPV (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia para quem segue corretamente o esquema vacinal.