O Brasil é dos poucos países do mundo que possui grandes disponibilidades de geração de energia hidroelétrica, que é a forma mais barata e limpa de se gerar energia.
Embora as disponibilidades existentes para a construção de grandes usinas se encontrem em regiões mais distantes, como é o caso da Usina de Belo Monte projetada para ser construída no Rio Xingu, no estado do Pará, com potência instalada de 11.000 MW/h, e que será a maior usina hidrelétrica inteiramente brasileira. Por estar distante dos grandes centros consumidores implicará em maiores custos de transmissão, mas ainda assim, o seu custo por MW produzido assegura competitividade em relação às outras alternativas de geração de energia elétrica.
A geração de energia termoelétrica pode ter um papel complementar, mas não substitutivo à energia hidroelétrica, porque depende de combustível fóssil (petróleo e gás natural), o que implica em uma indesejável dependência de um insumo estratégico, além do fato de ser uma fonte de energia extremamente cara e "suja", pois não é renovável e polui o meio ambiente.
O uso da biomassa pode desempenhar um papel importante na matriz energética do País, com a vantagem de incentivar o desenvolvimento do campo. Não exige grande volume de recursos, e tanto o setor sucro-alcooleiro como o de produção de equipamentos dominam a tecnologia e têm capacidade instalada, que exige apenas investimentos complementares, principalmente na transmissão.
A energia eólica tem o problema da intermitência, ou seja, nem sempre o vento sopra quando a eletricidade é necessária, tornando difícil a integração da sua produção e o consumo além de provocar um impacto visual considerável e o impacto sobre as aves do local.
A energia solar tem a desvantagem de não ser é produzida durante a noite, o que obriga que existam meios de armazenamento da energia produzida durante o dia em locais onde os painéis solares não estejam ligados à rede de transmissão de energia.
Nos próximos 10 anos o Brasil precisará dobrar o sua quantidade de energia produzida se não quizermos passar pelo constrangimento de um novo apagão. No caso do Nordeste Brasileiro, o Rio São Francisco já tem sua capacidade de produção bastante utilizada nos restando como alternativa a construção das usinas de médio porte a exemplo da usina de Pão de Açucar e a tão sonhada Usina de Paulo Afonso V que, com certeza, é a alternativa de menor custo, pois a parte da construção referente a escavação da galeria já está pronta desde a época da construção da Usina PA IV. Com a construção da Usina Paulo Afonso V pode-se agregar mais cerca de 2,4 MW/h em curto espaço de tempo, sem grandes impactos ambientais pois aproveitará o reservatório já existente, sem remanejar populações e sem o custo de novas linhas de transmissão. Para Paulo Afonso e região serão cerca de 5 mil novos empregos, oportunidades de trabalho e crescimento econômico por pelo menos 10 anos.
Desenvolvimento com Justiça Social.