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Paulo Afonso - Bahia - 18/09/2016

Diocese de Paulo Afonso festeja 45 anos de fundação

Vone Gonçalves
Divulgação

O pão da vida repartido e a palavra celebrada por 45 anos diariamente. Nordestina, em parte banhada pelo Rio São Francisco, do tamanho do estado de Sergipe. Pioneira, mãe dos mais necessitados, e protetora.

A diocese de Paulo Afonso completou este mês 45 anos de uma longa caminhada iniciada por dom Jackson Prado em 1971. Entidades voltadas para a educação, abrigo para os idosos, fundação para proteger crianças e adolescentes, entidades voltadas para o trabalho social.

De resto, toda bagagem cultural e folclórica nesta região tem o toque da Igreja Católica.  Triunfa – em que pese às dificuldades para evangelização-, o nome de Cristo, através das ações cotidianas. Religião que salvou e salva as mulheres, negros, índios e crianças da humilhação e da falta de esperança.

Data histórica

Neste sábado (17), histórico para os católicos desta diocese, bispos, padres, religiosos e o povo felicitaram-na. Uma caminhada que saiu do IFBA e parou ao lado do Hospital Nair Alves de Souza.

Porque a Igreja não está apenas para dar conta de questões morais, doutrinárias ou políticas que extrapolam o terreno da fé, mas, sobretudo, para ter misericórdia, para apresentar Jesus Cristo àqueles que sofrem. Cristo que teve morte de cruz, mas venceu o sofrimento e a morte. Uma oração para que Deus confortasse os que estavam internados… A caminhada seguiu…

Bandas marciais porque é um dia de festa!

As bandas marciais dos colégios Montessori e Carlina acompanharam a caminhada até a Catedral, formada em sua maioria por crianças e adolescentes as bandas animaram o percurso.

 

Missa Solene

A missa solene foi presidida dom Zanoni (arcebispo de Feira de Santana) e concelebrada por dom Guido Zendron (pastor da diocese de Paulo Afonso) dom Edson (bispo de Eunápolis), e do clero.

Dom Zanoni lembrou o trabalho dos bispos pioneiros, e que hoje são memória e saudade, além de dom Jacksom, dom Aluysio Pena (1984-1988) e dom Mário Zanetta (1988- 1998), este, cuja obra social e a personalidade são lembradas até hoje pelos pauloafonsinos.

“São tantos os discípulos e missionários, nem tanto conhecidos como os bispos, mas que construíram, que plasmaram esta igreja de Deus”, iniciou Zanoni.

O bispo lembrou o amigo dom Esmeraldo (hoje bispo auxiliar de São Luís do Maranhão) – quarto bispo da diocese e seu trabalho missionário.

“São tantos nordestinos que vieram construir essa cidade, 45 anos de como diocese, mas a evangelização eu creio que vocês têm presente lembranças mais antigas. Desde o século XVI que missionários deixam tudo para anunciar Jesus, o caminho, a verdade e à vida”.

Questões sociais graves

O arcebispo mostrou preocupação com a população carcerária brasileira, especialmente na Bahia. “Nós vivemos um momento difícil em nosso país, e não se trata apenas da situação econômica, a maneira como nos desenvolvemos passando por cima das vidas”, Zanoni trata especialmente sobre os detentos:

“Fazemos nossas coisas bem, mas a pergunta que fica é: e os outros?, e os presos?, eu fiquei assustado com a situação de Feira de Santana, são 1.600 homens e mulheres encarcerados, sem recuperação, e nós sujeitos a esta realidade”.

Como ser fiel aos mandados de Jesus?

O desafio exposto por dom Zanoni, foi, em seguida, salientado por dom Guido, que agradeceu e relembrou o trabalho dos outros bispos e em especial dos padres espalhados pela diocese. “Lembrando aqui a Santa Tereza de Calcutá, cada um de nós é uma gota no oceano, mas sem esta gota o oceano seria mais pobre”.

O projeto Zaqueu

“É realmente onde encontramos mais dificuldade, porque são muitos os preconceitos, mas acolhemos aqui dois presos, que estão em regime semiaberto. Quantas vezes somos nós católicos que dizemos: que bom que morreu esse marginal!, então através da pastoral carcerária estamos procurando trabalho para eles”.

Dom Guido deixa mensagem aos leigos

“O testemunho da unidade em meio à diversidade, é sinal eloquente da saúde comunitária, ágil em suas respostas às necessidades, ao mesmo tempo em que é comprometida e perseverante, não iniciar para depois terminar, mas dando continuidade. Sou testemunho de comunhão fraterna toda fascinante e resplandecente o rosto de Cristo e da Igreja”.

 

 


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