Uma gestão municipal precisa conhecer os conceitos básicos sobre educação para entender o que compete à prefeitura, o que compete às escolas e o que cumpre aos professores. Neste sentido, a prefeita de Glória, Ena Vilma (PP), convidou a sociedade a participar de forma ativa da gestão escolar, através de um projeto de lei, aprovado pela Câmara Municipal. As eleições passaram a ser diretas para a escolha dos gestores das escolas municipais.
O resultado pode ser visto na forma como a população recepciona eventos escolares, porque antes de tudo, é corresponsável pelo desenvolvimento humano e intelectual dos seus filhos entregues aos professores - profissionais cuja tarefa diária de ensinar, sobretudo, nos dias de hoje, é heroica.
Na noite desta sexta-feira (06), professores, alunos, pais, autoridades e convidados promoveram uma festa inesquecível para celebrar os 38 anos deste que é o primeiro colégio de Glória, à época, sob a gestão do então prefeito José Manuel Braz (vereador Bezeca - PTN).
“Antes os alunos estudavam em Paulo Afonso, Delmiro ou Salvador - os pais que tinham condições -, e quem não tinha, ficava apenas com o fundamental”, relembra Eleomar Castor, coordenadora financeira da Secretaria de Educação, que ontem representou a secretária Josefa Vicente.
Eleomar lembra ainda que o Ceaf começou com apenas uma sala, e depois se agigantou: “Nós chegamos a 37 salas de aula com 5ª, 6ª, 7ª, 8ª , 1º, 2º e 3º anos em formação de magistério”. O crescimento forçou a prefeitura, já com Tertuliano Lisboa, levar o 2º grau para outra instituição.
A festa do 38º aniversário
Ary Barroso, e sua ‘Aquarela do Brasil’, canção de 1939, abriu alas para que os alunos dançassem as regiões brasileiras, e se viu do ‘Xaxado’ com Lampião (Nordeste), passando pelo samba (Sudeste), até chegar na Festa de Parintins, com seus bois Garantido e Caprichoso (Norte), além de desfiles de garotos e garotas mirins, juvenis, coral formado por crianças, e um breve histórico da fundação do colégio.
Vale ressaltar o interesse dos presentes em acompanhar as apresentações e a organização do evento pela diretoria. Grande, condizente com quem realmente pensa o amanhã.
“Começamos aqui com banquinhos, não tinha estrutura para funcionar e naquele tempo não se abria escolas como se faz hoje, por isso parabenizo a iniciativa de Bezeca e de Zaid”, comenta Joselha, diretora do Ceaf.
Segundo informa a diretora, são 449 alunos, sendo que mais de 40% veem da área rural, Joselha agradeceu o empenho dos pais, e do poder público:
“Agradecemos a pessoa da prefeita Ena Vilma pelo apoio, não fosse a participação do executivo não seria possível fazê-la tão bonita, e também da Câmara Municipal, porque houve colaboração de alguns vereadores.
Salientando que David Cavalcanti (assessor do deputado federal Mário Júnior) e o vereador Gilmar Pereira (PP) não puderam participar porque estavam no IML acompanhando a liberação do corpo de um amigo, morto num acidente horas antes do evento.
Desafios de educar
“Concorremos com diversos meios eletrônicos e precisamos colocar na cabeça do aluno que ele não vem à escola apenas para a formação, mas para serem pessoas instruídas, capazes, participativos e críticos”, sentenciou Joselha.
Não é fácil o ofício exercido pelo educador, face aos desafios impostos pelo mundo, mas quando se encontra nos parceiros, quer família, gestor ou a sociedade, a compreensão que a educação é a único meio para crescer e se desenvolver, a árdua caminhada ganha ânimo.
Ao final da festa, os jurados, muitos deles, ex-alunos do Ceaf, entre profissionais diversos, entregaram prêmios àqueles que desfilaram ou dançaram melhor, na noite, lembrando que não se tratava de uma competição, ali todos saíram vitoriosos.