Economia

Paulo Afonso - Bahia - 28/03/2016

Hidrelétricas dão prejuízo a cidades ribeirinhas

Gazeta de Alagoas
Reprodução

Os municípios ribeirinhos do São Francisco nos estados de Alagoas e Sergipe estão sentindo os impactos socioambientais causados pela redução da vazão do rio nas hidrelétricas de Sobradinho (na Bahia), e de Xingó (em Alagoas). Os efeitos comprometem o abastecimento de água tratada nas cidades do Sertão e Agreste dos dois estados abastecidos por adutoras localizadas ao longo do rio.

O alerta é do Comitê da Bacia do São Francisco, instituição que reúne mais de 60 entidades da sociedade civil organizada, usuários do Velho Chico, prefeituras de cinco estados, ministérios e órgãos públicos de defesa do meio ambiente.

Apesar das chuvas que caem no semiárido nordestino nas últimas semanas, animando a economia rural, a situação permanece inalterada na bacia. Segundo a agência Nacional de Água (ANA) – órgão que monitora a situação das bacias hidrográficas do País – a vazão da hidrelétrica de Xingó permanece em 800 metros cúbicos por segundo, porque o nível do rio permanecem baixo em vários trechos.

O Operador Nacional de Sistema Elétrico (ONS), A Agência Nacional de Água (ANA) e a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) divulgaram comunicado confirmando a manutenção da redução nas vazões de Sobradinho e Xingó, de 900 m³/s por segundo para 800 m³/s.

Além de comprometer o abastecimento de água da população, a vazão atual liberada pela hidrelétrica pode provocar o aumento da poluição no rio. Os municípios ribeirinhos não dispõem de sistema de tratamento de esgoto e jogam toda a sujeira nos afluentes do rio, alertam os ambientalistas.


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