Você mal entra no carro para ir embora e toma um susto ao ser abordado por um flanelinha que surge de repente, batendo no vidro e pedindo dinheiro. Temendo ter o carro arranhado ou mesmo sofrer algum tipo de agressão, muitas pessoas acabam cedendo à pressão e pagam pela vaga que ocuparam no meio da rua, local público, mas que se torna privado. Uma sensação de impotência diante do abuso. Em Paulo Afonso, estacionar na rua tem um preço, e, sem fiscalização, os flanelinhas chegam a cobrar valores absurdos por uma vaga. Não perguntam se o motorista quer ou não pagar. Cobram e intimidam.
É assim, por exemplo, para quem precisa estacionar nos supermercados (exceto G. Barbosa que tem estacionamento próprio) onde o fluxo de veículos é bem maior. O proprietário do SUPRAVE que o diga.
Os flanelinhas geralmente só aparecem quando o motorista vai retirar o carro e raramente estão no local no momento da chegada. Alguns, inclusive, pegam o dinheiro e sequer auxiliam os motoristas na saída. Esse tipo de atitude nas vias públicas na terra da energia acontece sem pudores e sem fiscalização do poder público. As regras são criadas pelos próprios flanelinhas.
Parece ter se tornado uma coisa normal, tolerável. Poucos reclamam e muitos pagam. Na área central da cidade, a situação se repete. Na Avenida Getúlio Vargas, por exemplo, os flanelinhas têm até tabela de preços definida. São poucos os que se arriscam a ir embora sem acertar as contas com o cobrador. Uma cobrança que não está na lei, mas que tem suas regras próprias. Quem não paga, pode se arrepender.
Como não há fiscalização, ainda a quem tenha a ousadia de colocar cones para reservar vagas em frente ao seu estabelicimento comercial.