Tanto Mário Negromonte quanto Raimundo Caires Rocha jogam nessa próxima eleição todos os seus cartuchos em nível municipal. Como serão eles que provavelmente vão escolher os nomes de Antonio Martins e Sônia Rocha, como candidatos a prefeito e vice, respectivamente, cabe também eles a responsabilidade de elegê-los.
A situação só teria piores repercussões se o candidato ao executivo fosse Mário Júnior e este fosse derrotado. Nesse quadro, o plano estadual estaria seriamente desarrumado e a reeleição do menino de Harvard não estaria comprometida, mas certamente não teria o mesmo derramamento de votos que obteve quando se submeteu a avaliação popular pela primeira vez embalado pela vasta experiência do pai, em plena quarta-feira, (1), ainda ministro . Este por sua vez, depois de ter sido bombardeado por todos os flancos, não resistiu à pressão e finalmente colocou o cargo a disposição da presidente Dilma. Mesmo assim, Negromonte superou as projeções de alguns analistas de Paulo Afonso. O prazo máximo que deram para sua permanência no cargo foi de seis meses. Ele foi além. Em resumo, Negromonte balançou e vai cair. Se a profecia for cumprida sua cabeça estará exposta na bandeja na sexta-feira (3) e não 13. A experiência que Paulo Afonso experimentou com Mário Negromonte, ministro, foi sinistra. O das cidades não soube ser generoso com o município pátrio, mas deixa uma imensa mancha nas páginas da política brasileira que por gravidade respinga em Glória (BA) cidade onde sua esposa Ena Vilma é a gestora e particularmente em Paulo Afonso. Foi aqui nesse rincão que quando se candidatou pela primeira vez a deputado estadual disse em alto e bom tom que se fosse eleito não arredaria os pés dessa terra, porque aqui havia se casado, constituído família e aqui iria morar. Ledo engano. Elegeu-se deputado estadual tendo como seu principal orientador político o amigo Antonio Martins. Contudo, não quis atuar na assembléia legislativa do Estado, transformou-se em secretário dos transportes do governo Lídice da Mata em Salvador e seu filho Mário Júnior foi estudar em Harvard. Essa ultima frase não vai fazer o mesmo sucesso que fez, a futilidade "Menos Luiza, que esta no Canada", mas que devia, devia.