Opinião

Paulo Afonso (BA) - 26/12/2011

Réveillon

Washington Luís
Divulgação

Assim como o Natal, festa cristã comemorada mundialmente no dia 25 de dezembro desde o século IV, como o dia do nascimento de Jesus Cristo, uma das festas do calendário universal mais comemoradas em todo o mundo é, sem nenhuma dúvida, o Réveillon. Segundo a igreja católica, a celebração tem sua origem no Decreto do Governador romano Júlio César, que no ano 46 a.C fixou o dia 1º de janeiro como o Dia do Ano Novo. Na época, os romanos dedicavam o 1º de janeiro a Jano, o deus dos portões, que segundo a crença tinha duas faces- uma voltada para frente e outra para trás. É por isso que o primeiro mês do ano se chama janeiro. O Ano Novo é o evento que acontece quando uma cultura celebra o fim de um ano e o início do próximo. Todas as culturas que têm calendário anual celebram o Ano Novo, festa conhecida também como Réveillon, termo oriundo do verbo reveiller, que em português significa "despertar".

 Mas há quem afirme que antes da instituição da data 1º de janeiro, em 46 a C, os romanos comemoravam a chegada do ano novo em 1º de março (753 a C/456 d C). Em 153 a.C. a data foi trocada para 1º de janeiro e mantida no calendário Juliano, adotado em 46 a.C. Em 1582 a Igreja Católica consolidou a comemoração, quando adotou o calendário gregoriano.

Os países mais famosos pela comemoração do Réveillon são: Austrália, Hong Kong, Reino Unido, Estados Unidos, Brasil e Chile. No Brasil, no Rio de Janeiro, a celebração mais famosa é a queima de fogos de artifício de Copacabana, onde milhões de cariocas e turistas de todo o mundo se juntam nas ruas, nas praias e à beira mar, para assistirem o belíssimo e longo espetáculo, que começa pontualmente à meia noite, primeiro minuto do novo ano. Já em São Paulo, também no Brasil, a Avenida Paulista é tradicionalmente o palco de grandes atrações musicais e queima de fogos. São milhões de pessoas que lotam o principal centro financeiro da grande metrópole, para receber o novo ano. O maior número de pessoas registrado até agora foi em 2008, quando dois milhões e 400 mil pessoas comemoraram o Réveillon paulistano, sendo que 100 mil eram turistas de várias partes do Brasil e do mundo.

Em Paulo Afonso, até o início dos anos 80, os tradicionais festejos de final de ano eram marcados pelas famosas festas de largo, realizadas na Avenida Getúlio Vargas, onde as famílias se divertiam com as brincadeiras dos saudosos Gilberto Leal, Edvaldo Santos e o Pastoril de Dona Zefinha, patrocinado por Seo Alonso Maciel, empresário pioneiro no ramo de supermercados na cidade, também falecido. Alguns preferiam se reunir com familiares e amigos, nas barracas armadas na Praça Abel Barbosa, conhecida popularmente como "Rua da Frente", onde os 'Toca-Discos' disputavam a atenção dos clientes, que entre uma cerveja e outra não se incomodavam nem um pouco de ouvir repetidamente o novo LP do Rei Roberto Carlos. À meia noite do dia 31 de dezembro, todas as luzes da cidade se apagavam, a sirene da CHESF tocava anunciando a chegada do Ano Novo, enquanto os foguetões iluminavam o céu da Capital da Energia. Mas essa comemoração tinha hora marcada para começar e para terminar. Dez minutos depois doas abraços e votos de Feliz Ano Novo, todos os sons das barracas e do parque de diversão paravam e a partir daquele momento a multidão se dirigia para a Praça da Matriz, para assistir a Missa de Ano Novo e pedir a Deus, paz para a humanidade.

 

 


Busca



Enquete

Adiquirindo resultado parcial. Por favor aguarde...


Todos os direitos reservados