Economia

Paulo Afonso - Bahia - 31/03/2025

Fato ou fake? - usuários da Atlântico Transportes questionam promessa de novos ônibus para melhorar a frota do transporte público em Paulo Afonso

Por Washington Luís – radialista (DRT: 4.109)
Divulgação

A problemática do transporte coletivo urbano de Paulo Afonso é apenas mais uma das muitas feridas crônicas que atormentam a população dessa cidade do Norte da Bahia.

Mas, como diz o velho ditado: ‘a esperança é a última que morre’, eis que finalmente surgiu uma luz no fim do túnel. Durante seu pronunciamento na Tribuna da Câmara Municipal, no dia 17 de março, o vereador Jean Roubert, líder da bancada governista, deu uma notícia que reacendeu a esperança de quem ainda sonha com o merecido conforto prometido em 2017, quando a Atlântico Transportes assumiu a concessão do serviço. Até então, todos os bairros da cidade, além do distrito de Barragem Leste, na vizinha Delmiro Gouveia – AL, eram servidos pela Vitran, que durante quatro décadas massacrou seus usuários com ônibus velhos, sem o mínimo conforto e reajustes de tarifa anuais que não condiziam com o péssimo serviço prestado.

Verdade seja dita, a nova concessionária iniciou suas atividades com 33 ônibus novos, equipados com elevadores para cadeirantes, horários bem distribuídos, e tudo caminhava razoavelmente bem até 2020. Mas a pandemia de covid 19 serviu de pretexto para a substituição dos veículos, por sucatas semelhantes aos antigos buzões que compunham a frota de sua antecessora, assim como a redução de viagens e até mesmo a extinção de linhas como BTN I, Prainha e Siriema.

A situação se agravou ainda mais depois que o então vice-prefeito, Marcondes Francisco assumiu a titularidade do Governo Municipal, em virtude do afastamento e a posterior renúncia de Luiz de Deus. Segundo fontes anônimas que fizeram parte da Administração Municipal passada, uma dívida gigantesca do Município com a Atlântico teria sido o motivo principal do agravamento da crise do transporte público.  

A boa notícia, segundo Jean Roubert, é que o parcelamento do débito e a retomada dos pagamentos fez com que a empresa garantisse a normalização do serviço com a chegada de 18 novos ônibus até o mês de maio. Se a promessa for cumprida, embora muitos usuários ainda duvidem, os modernos e confortáveis veículos prometidos trarão mais conforto e segurança, inclusive com a reativação das linhas extintas. O que a população espera é que, em recompensa pelos quatro anos de sofrimento, pelo menos até o final de 2025, o valor da tarifa permaneça nos atuais R$ 4,00. Afinal de contas, com o índice alarmante de desemprego no município, um reajuste seria o golpe fatal em quem já passa por dificuldades com a perda do emprego, e o que é pior, sem receber a devida indenização por tempo de serviços prestados e vários anos de férias acumuladas, aliás, direitos garantidos pela CLT.


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