Lembro sempre como exemplo de um episódio político na disputa da prefeitura de Paulo Afonso. Uma pesquisa dava ampla vantagem ao então candidato a prefeito Wilson Pereira, que substituía Paulo de Deus que fora tentar a sorte em Canindé de São Francisco (SE), e quando as urnas abriram quem ganhou foi o Raimundo Caires (PSD). Resultado: nem o mel nem a cabaça. Wilson perdeu aqui e Paulo de Deus, lá.
O quadro serve apenas como um dado para mostrar que o chamado “voto do silêncio” não costuma ser captado pelas pesquisas. E geralmente este voto é dado contra quem se encontra no poder. Por isso, ninguém se entusiasme com pesquisas. Elas captam um momento específico da eleição, e não elegem ninguém. As urnas costumam ser enigmáticas e pregar muitas peças a candidatos que se consideram vencedores.