A semana passada foi farta em más notícias que galgaram as manchetes.
Infelizmente a má notícia para o Nordeste não galgou as manchetes nem ao menos da mídia da região, apesar das denúncias do empresário João Carlos Paes Mendonça e do deputado federal José Carlos Aleluia.
Justiça se faça a imprensa pernambucana, a única do Nordeste a dar o destaque que a notícia merece.
Falo da transformação da Companhia Hidrelétrica do São Francisco - Chesf, em um mero departamento da Eletrobras, uma idéia da ex-ministra chefa da Casa Civil, Dilma Rousseff, que tem por objetivo transformar a estatal em uma multinacional de geração de energia elétrica.
A Chesf foi criada durante o Estado Novo, pelo presidente Getúlio Vargas através do Decreto-Lei nº 8.031 de 3 de outubro de 1945, e constituída na primeira assembléia geral de acionistas, realizada em 15 de março de 1948.
Com a reestruturação do setor elétrico na década de 60, tornou-se uma Subsidiária das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. Eletrobrás, vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Agora, deixa de ser uma subsidiária para ser um departamento da Eletrobras.
A idéia da ex-ministra seduziu o presidente Lula, que se transformou em porta-voz da megalomaníaca proposta.
Segundo o deputado baiano José Carlos Aleluia (DEM), ex-presidente da Chesf, quando da construção das hidrelétricas de Xingó e Itaparica, o presidente Lula está sendo enganado pela ex-ministra Dilma Rousseff ao aceitar que a maior empresa do Nordeste seja transformada numa simples agência da Eletrobras para atender os caprichos de centralização da ex-chefa da Casa Civil.
- A Chesf é uma organização reconhecida internacionalmente pela sua engenharia de excelência, que começou a gerar energia elétrica nos anos 1940 sob a desconfiança de técnicos, políticos e empresários do centro-sul do país, que não acreditavam que os nordestinos fossem capazes de tamanha cruzada e muito menos de aproveitar a energia que seria gerada na primeira usina de Paulo Afonso, lembrou Aleluia.
Quem conhece as hidrelétricas construídas e administradas pela Chesf não pode admitir que o governo Lula cometa esse crime contra a região Nordeste, caso se concretize a transformação da Chesf em mero departamento da Eletrobras.
- A Chesf é uma empresa dos nordestinos. Não tem dono nem senhor, nem senhora. Por isso, apelo a todas as lideranças da região a unirem-se em torno de sua preservação, de sua integridade. O esforço de Apolônio Sales e de outros bravos nordestinos não pode ser destruído pela irracionalidade da senhora Dilma Rousseff, advertiu Aleluia.
Os nordestinos não podem concordar com a omissão e a conivência da atual diretoria da empresa que apoia o desmonte de um dos maiores patrimônios nordestinos.
Fica a proposta para que a mídia do Nordeste encete uma campanha contra o desmonte da Chesf.
A Chesf é nossa. Reage Nordeste.