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Política

Paulo Afonso<> Bahia - 23/05/2014

Deputados aguardam dança das cadeiras após mudança no Tribunal de Contas

Divulgação

Três deputados devem deixar seus mandatos para assumir as vagas de conselheiros nas cortes de contas baianas: os federais Zezéu Ribeiro (PT) e Mário Negromonte (PP) e o estadual João Bonfim (PDT). Eles poderão ser substituídos por Popó (PRB), primeiro suplente da legenda, Emiliano José (PT) e Carlos Brasileiro (PT), respectivamente.

Conforme noticiado pela Tribuna, Negromonte havia confirmado a indicação do PP para a vacância no Tribunal de Contas do Município, após a saída do ex-presidente do órgão, Paulo Maracajá, que se aposentou. Fontes confirmam que será o próprio pepista o postulante ao cargo.

Já no Tribunal de Contas do Estado (TCE), com as aposentadorias de Filemon Matos e Zilton Rocha, os caminhos ficam abertos para o governo emplacar dois nomes. No páreo estão o deputado federal Zezéu Ribeiro, que desistiu de disputar as eleições deste ano, e o deputado estadual João Bonfim, cujo padrinho é o presidente da Assembleia, Marcelo Nilo (PDT). O pedetista ganhou a indicação como forma de afago por não ter sido o escolhido como vice de Rui Costa (PT) na chapa da situação.

A oposição, no entanto, já dá sinais de que brigará por uma das vagas, contudo, antes da escolha final, os postulantes deverão passar por escrutínios na Comissão de Finanças.

Popó, Emiliano e Brasileiro na expectativa

Contentes e de dedos cruzados devem estar Popó (PRB), Emiliano José (PT) e Carlos Brasileiro (PT). Eles são os principais beneficiados com o preenchimento das vagas dos tribunais pelos deputados. Ter um mandato, mesmo poucos meses antes da campanha eleitoral, ajuda para as articulações do pleito. Todos devem concorrer aos cargos em que ficaram na suplência.

De todos, o que mais ficou como deputado foi Popó (PRB). Desde quando Rui Costa (PT) saiu da Câmara para assumir funções na Casa Civil do governo, o membro do partido capitaneado pela Igreja Universal estava legislando em Bra­sília. O cargo foi devolvido no início de abril, quando Costa precisou se descompatibilizar do cargo de confiança para lançar pré-candidatura ao governo do estado.

Emiliano, segundo suplente da mesma coligação de Popó, no início da legislatura, em 2011, chegou a se tornar deputado. O deputado federal Afonso Florence (PT) atendeu o convide da presidente Dilma Rousseff (PT) para assumir o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Com a sua queda, Emiliano voltou à suplência e agora aguarda a decisão dos tribunais para voltar ao posto.

No entanto, cauteloso, Emiliano disse que prefere esperar o desenrolar dos fatos. “Ainda estou no aguardo. Caso ocorra, assumirei o mandato com toda responsabilidade e firmeza, mas ainda eu prefiro esperar o que ainda vá ocorrer”, disse.

Ansioso está Carlos Brasileiro, ex-prefeito de Senhor do Bonfim. Com a saída do pedetista, Brasileiro volta a sentar na cadeira de deputado. Em 2010, o petista chegou a ser tido como eleito, mas após o então candidato Wank Medrado (PSL) ser declarado inelegível, os 12 mil votos obtidos pela coligação foram retirados, o que fez com que Brasileiro perdesse o mandato. O cargo ficou com Capitão Tadeu (PSB).

No entanto, o ex-alcaide voltou ao posto quando o deputado Paulo Câmera (PDT) foi convidado pelo governador Jaques Wagner (PT) para assumir a chefia da Secretaria da Ciência e Tecnologia (Secti). Com a volta de Câmera, que deixou o posto para Andrea Mendonça, o bonfinense voltou à suplência e agora pode recuperar sua atuação legislativa, caso João Bonfim vá para o TCE.

Fonte/Autor: Tribuna da Bahia

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