A resistência de diretores e professores das escolas públicas é uma das principais causas dos baixos índices da inclusão dos deficientes no ensino regular. Grande parte dos trabalhadores da educação não quer alunos com deficiência, mesmo com a limitação legal de 18 estudantes "normais" e dois deficientes para cada sala. Em Paulo Afonso, nas redes públicas municipal e estadual, que em 2010 têm juntas cerca de 30 mil alunos matriculados, não se sabe exatamente quantos deficientes são atendidos nas escolas ou em instituições de assistência social conveniadas, como APAE. Experiências relatadas por famílias apontam o grau de rejeição das escolas. Uma dona-de-casa, mãe de uma adolescente de 18 anos, portadora de deficiência mental, sentiu e ainda sente que a filha é rejeitada. Nas primeiras duas escolas públicas que matriculou a filha, perto de onde mora, logo foi obrigada a tirá-la por orientação das próprias instituições, que alegaram falta de preparo e condições para recebê-las.
Fonte/Autor: Agência de Notícias de Paulo Afonso (ANPA)