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Opinião

Paulo Afonso<> Bahia - 06/02/2014

Ainda sobre zona azul

Panotícias

Li, no site, considerações acaloradas sobre zona azul; o estabelecimento de zonas azuis no centro de Paulo Afonso. Estamos – quer queiramos todos, ou não -, caminhando para isto. É preciso isto. Isto tem que ser feito; é necessário e se impõe: zonas azuis ou outro mecanismo que promova rotatividade de veículos que precisem estacionar no centro.

A vida não precisa ser complicada. Moramos em uma cidade pacata, confortável e bem-cuidada do interior da Bahia. Este é um argumento. Parece, entretanto, que chegou a hora de regulamentar o tempo de estacionamento na área. A coisa se impõe de tal maneira, que já existe estacionamento particular pago no centro de Paulo Afonso. Já estacionei por lá algumas vezes. Agradecemos todos a alguém de visão e com vontade de ganhar dinheiro honestamente que provê comodidade ao cidadão. Que mais para baixo da Getúlio Vargas apareçam mais estacionamentos privados.

O poder público pode, por sua vez, tentar criar mais áreas de estacionamento, se preciso com algumas demolições. Uma ou duas das “barracas” do eixo da Getúlio Vargas, por exemplo, poderiam desaparecer para dar lugar a estacionamentos. A área em frente à Agência Central do Banco do Brasil poderia contemplar algumas vagas, além das reservadas para os nobres taxistas. Algumas “entradas” poderiam ser criadas para o pessoal que frequenta as missas na Catedral de Nossa Senhora de Fátima e para o pessoal amante do sorvete da Natura. Em suma, um pouquinho de criatividade que sabemos que tem o pessoal da prefeitura. Lembrando que ACM Neto acaba de ser considerado, por uma entidade ad hoc, o melhor prefeito de capital do Brasil. ACM está bombando com pequenas, factíveis, lógicas e intuitivas realizações.

Empresários outros poderiam se mirar no pessoal da Casa das Construções e do Supermercado Suprave, e criar sua área particular de estacionamento para clientes. Aqueles não são bobos, são empresários de visão, e sabem que quem estaciona olha, entra e compra.

Evidente que hotéis (que acolhem quem traz divisas), cadeirantes, idosos ou quem depende de descarga têm que ter alguma vantagem para estacionar (algumas firmadas em lei). Se estacionar contribui para o dinamismo da economia municipal, que tenham alguma vantagem. É como quando notamos algum motoboy, taxista ou prestador de serviços na pista. Procuramos, na maioria das vezes, facilitar a passagem para eles. Trabalham nisso. Estão no lufa- lufa do tráfego o dia inteiro. Praticamos a cidadania.

Parece evidente que ocupar uma vaga no miolo do centro por dez horas seguidas é realmente um contrassenso. Não custa muito – e o coração agradece – deixar o veículo mais para fora, longe do miolo. Isto também nos parece exercício da cidadania.

Que venha alguma solução que faça com que todos nós – ou quase todos – fiquemos satisfeitos. Pelo menos razoavelmente satisfeitos. Quem toma decisões sabe que nunca vai agradar a todos. Sempre haverá dizedores de não, insatisfeitos, ativos inconsequentes, alguém que fatalmente reclamará quando for tratado e saudado com pó de ouro. Reclamará que está sendo sujado com pó de ouro.

Fonte/Autor: Escrito por Francisco Nery Júnior

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