Não tenho nada contra o doutor Lulinha, a quem não conheço. Tenho tudo contra essa tradição da política pauloafonsina de transformar a atividade pública num feudo familiar e hereditário onde sobrenomes se sucedem.
Por que votar no senhor Lulinha? No seu currículo ele conta apenas com o fato de ser filho do deputado federal Luiz Barbosa de Deus, além de excelente médico. O que é pouco, muito pouco para que se postule um cargo elegível.
Parece que a tradição das Capitanias Hereditárias deitou raízes nessa Terra da Energia e nem mesmo os mais jovens escapam da tentação de manter um grupo familiar comandando um setor político. Família é muito bonito em retrato. Em política, tenho cá minhas dúvidas.
Agora mesmo estão falando em mudança, como mudar se não damos chance ao novo? O novo é assustador porque é deconhecido, porém se não for experimentado será mais uma chance de mudança perdida. Taí uma excelente oportunidade de dar vez e voz ao novo. O secretário de Turismo Jacques Fernandes, por exemplo, na plenitude da sua jovialidade é um aposta que vale a pena ser analisada. Outra aquisição acertada do governo Anilton foi a indicação do também jovem Alexei Vinícius para a secretaria de saúde.
Fonte/Autor: Luiz Brito DRT/BA 3.913