A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados apreciou, nesta terça-feira 1º, projeto de lei que visa incluir a obrigatoriedade do uso de simulador de direção no processo de formação de condutores, antes das aulas práticas de direção nas vias públicas. O deputado Luiz de Deus (DEM) é contra, pois isto aumentaria o custo para tirar a carteira de habilitação. O projeto foi retirado da pauta pelo relator.
“Devemos ter consciência de que este é um país pobre. Eu sou do Nordeste e sei o quanto é difícil um pobre tirar a carteira de habilitação”, disse Luiz de Deus.
De autoria do deputado Mauro Lopes (PMDB/MG), o projeto argumenta que o fator humano aparece como uma das principais causas de acidentes e que o simulador, já usado para o treinamento da viação, pode replicar situações críticas e de perigo e, assim, melhorar o desempenho do condutor.
Para Luiz de Deus, o custo-benefício do projeto não compensa, uma vez que ele aumentará o valor para tirar a habilitação e, por outro lado, dificilmente diminuirá o número de acidentes de trânsito. Além disso, o parlamentar estranhou o fato de haver somente um fornecedor deste equipamento no país.
“Havendo tão somente um fornecedor, a dúvida paira. Lembro aquele adágio que diz: não basta a mulher do César ser honesta, é preciso parecer”, concluiu.
Fonte/Autor: ASCOM deputado Luiz de Deus (DEM)