A terça-feira (4) promete ser quente no auditório do Poder Legislativo gloriense logo pela manhã. Os vereadores se reúnem às 9 horas para apreciar, discursar e votar pela rejeição ou não das contas de 2007 da administração Policarpo (PDT).
O TCM opinou pela rejeição da contas, mas ainda assim, como determina a legislação, a palavra final é do plenário que é soberano, como reza a lei. Porém, tudo leva a crer que a repentina decisão dos vereadores situacionistas de votar as contas de Policarpo, veio à tona depois da confirmação do seu nome na corrida sucessória em substituição ao engenheiro Agrônomo Vavá Ferraz e o seu estrondoso crescimento entre os eleitores, principalmente na zona rural. A postura dos vereadores é uma reação imediata da prefeita Ena Vilma que tenta aplicar um antídoto contra eventual derrota em 7 de outubro, eliminando seu principal oponente.
O ex-prefeito Poli sequer foi convidado a ocupar o plenário para falar a respeito de suas contas e defender a sua aprovação. Por força da norma prevista no artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal, tanto o Poder Legislativo como o Tribunal de Contas devem garantir ao responsável pelas contas o direito ao contraditório e a ampla defesa, devendo ser intimado de todos os atos para, querendo, apresentar sua defesa, reiterou o vereador Alex Almeida.
Enquanto aguarda o resultado Policarpo a estuda se usará esse recurso de que tem direito garantido em lei. Um advogado ressalta que independentemente do que os vereadores decidam, o resultado não altera as regras do jogo e a manutenção da candidatura de Poli a prefeitura não será prejudicada, como querem os vereadores aliados da prefeita Ena Vilma. Na cidade e no campo o sentimento da maioria dos eleitores é o de que Ena Vilma perdeu a oportunidade de se reeleger. Enquanto a situação se desespera, Policarpo comemora o significativo crescimento do seu nome na corrida sucessória.
Fonte/Autor: Luiz Brito DRT/BA 3.913