E mais uma categoria aderiu ao movimento de paralisação nacional dentro do Governo. Funcionários da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) no Recife aderiram, nesta terça-feira (17), à greve nacional dos trabalhadores do setor energético, iniciada no dia anterior. A Companhia possui cerca de 5,6 mil funcionários, sendo 2,2 mil atuando na capital pernambucana. De acordo com representantes dos servidores, a paralisação é por tempo indeterminado.
O processo teve início no começo do mês, quando os trabalhadores cruzaram os braços do dia 4 ao dia 6, como forma de advertir o comando da empresa. Agora, os funcionários estão sendo impedidos de entrar na sede da empresa, no bairro de San Martin, no Recife. "Estamos negociando desde abril e não vemos avanços, mesmo após quatro rodadas. No dia 11, teríamos uma reunião para acertar valores, mas não durou 15 minutos. Não é apenas uma questão de salários, tem todo um lado social que não conseguimos discutir com eles", disse Edvaldo Gomes, um dos representantes do movimento, em entrevista à Rede Globo.
Um dos pontos que consta na pauta de reivindicações está o aumento de 10% no salário. "Eles ofereceram o reajuste da inflação apenas, que é de 5,1%, mas queremos o ganho real. Além disso, queremos discutir a sucessão dos funcionários. Nossa idade média na Chesf é de 49 anos. Ao se aposentar da Chesf, as pessoas perdem o plano de saúde, e não possuem nenhum bônus ou incentivo pelos serviços prestados. Queremos pensar a renovação com dignidade, e também que os aposentados passem seus conhecimentos aos mais jovens", continuou, Edvaldo Gomes, na Globo.
As negociações, entretanto, estão ocorrendo no plano nacional, diretamente com a Eletrobrás e o Ministério das Minas e Energia. Porém, os funcionários da Chesf querem uma negociação separada. O pedido de aumento em 10% foi negado pelo Governo, mas a Chesf ainda acredita em um acordo. Representantes dos funcionários e da companhia vão se reunir ainda esta semana para tentar chegar a um acordo.
Fonte/Autor: Pernambuco 247