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Opinião

Paulo Afonso (BA) - 01/05/2012

Não deu em nada - Por Luiz Brito

Foto Arquivo pessoal

Escândalos, desfalques, contratos fraudulentos, concorrência viciada, concurso publico viciado.  Esta é a herança que restou da administração do ex-gestor de Paulo Afonso, Raimundo Caires. Foi um governo que juntou um dos mais ilustres elencos de aproveitadores, mas que assim mesmo resultou na impunidade de todos eles, até o chefão não devolveu um tostão sequer aos cofres públicos embora todos saibam que a ele esta imputado o crime de responsabilidade pelo desvio de recursos estimados em cerca de R$ 10 milhões do erário publico. Entretanto, nem um bode expiatório foi pego. E a elite dos roedores do erário escapou ilesa. Tem gente por ai que todo santo dia reza a "oração da propina", na qual agradece a Deus pelo dinheiro que recebeu e enricou secretários e ajudou a eleger os amigos do rei, hoje supostamente adversários. Passados três anos e quatro meses, RCR acha se regenerou e que a população esqueceu dos escândalos que dominaram os comentários inevitáveis nas ruas, nos bares, nas fazendas, nas residências  que fecharam as portas do Céu para ele.

No final de tudo restou mais uma grande lição para os pauloafonsinos: a melhor e mais segura forma de garantir a impunidade de qualquer quadrilha é envolver nela, até o pescoço, gente que nasceu empunhando a bandeira da seriedade, da liberdade e da honestidade, coisa muito fácil de fazer quando se está longe do cofre dos outros.   E está aí um dos maiores escândalos administrativos já visto em Paulo Afonso, que não puniu ninguém.

 

Fonte/Autor: Luiz Brito é editor do site www.bobcharles.com.br e radialista

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