A presidente Dilma não tem simpatia pela proposta de fusão de ministérios. "Meu problema não é esse, não é redução de ministérios", disse a presidente a auxiliares. Um deles explica: a fusão das secretarias, como a da Igualdade Racional e a das Mulheres, não tem peso orçamentário. Além disso, criaria problemas políticos pois elas são conquistas dos movimentos sociais. As mudanças terão como foco a eficiência da gestão. Além de não ter apoio de uma ala de seu partido, o ministro Mário Negromonte (Cidades) caiu em desgraça com a presidente Dilma. Ela o considera um gestor ruim. Acha que a pasta tem potencial, por causa da Copa e dos programas de mobilidade urbana, mas afirma que Negromonte só faz o feijão com arroz. A presidente já disse a auxiliares que o ministro não tem criatividade e não é eficiente. Embora esteja insatisfeita com ele, a reforma ministerial ainda não entrou na pauta da presidente. Certo, por ora, só a troca dos ministros que vão disputar as eleições, como Fernando Haddad (Educação) e Iriny Lopes (Mulheres), além de Paulo Roberto Pinto (Trabalho), que é interino.
Fonte/Autor: Ilimar Franco, O Globo