No livro o advogado conta que o Rei do Cangaço era Gay e que Maria Bonita entrou no bando para afastar "a má fama ".
O escritor Alcino Alves Costa, que reside em Poço Redondo, norte de Sergipe, reagiu contra a afirmação do juiz de Direito aposentado Pedro de Morais de que Lampião era homossexual e Maria Bonita adúltera.
"Lampião jamais foi gay. Aliás, em toda a história do cangaço, desde os seus primórdios, não se registra nenhum homossexual nos grupos de cangaceiros", escreve Alcino na edição desta quinta-feira (24) do Jornal da Cidade.
As insinuações de Morais no livro "Lampião, o mata sete", já foram feitas antes pelo antropólogo e fundador do grupo gay da Bahia, Luiz Mott, porém seus argumentos jamais convenceram os pesquisadores do cangaço.
A pergunta que se faz é: estivesse Lampião vivo e aterrorizando o Nordeste com seu bando de jagunços, Pedro Morais, Luiz Mott e tantos outros teriam coragem de chamá-lo de boiola?
Nota da redação
Incrivel a coincidência de pensamento. Antes da leitura e edição desta matéria, o Interior da Bahia daria uma nota justamente na linha do último parágrafo. Entre lendas, verdades e mentiras, esta é mais uma história para vender livro.
Como segunda análise, a afirmativa de que Lampião era gay não passa de apelo de marketing para que, pelo menos os mais desinformados, comprem essa ideia. Como ser gay, no Brasil, ainda não é uma coisa resolvida entre os próprios, trazer um nome famoso para a mesma vala reforça a luta e abre caminhos.
Conhecemos o Alcino Costa que, além de estudioso de longas datas sobre o cangaço, tem história para contar. E, por fim, reforçariamos o último parágrafo da matéria: se Lampião fosse vivo, certamente eles (Pedro Morais e Luiz Mott) pensariam dez vezes para fazer tal acusação.
Fonte/Autor: interiordabahia