Iniciada oficialmente a temporada eleitoral para escolha dos próximos prefeitos e vereadores, já se consegue perceber o que pensam alguns concorrentes a esses cargos. O povo, no geral, está distante do pleito, ainda que seja nas cidades onde estão muitas soluções daquilo que representa o primeiro impacto no seu cotidiano, que ele sofre, e, assim, ele tem como avaliar pessoalmente as boas e as más administrações.
Há cidades em que os prefeitos pouco ou nada fizeram, nada mudaram e ainda conseguiram, com seus equívocos, pelo desprezo pela coisa pública, piorar o que já não era bom. Vendo certas administrações, é possível sentirmos como é fácil destruir cidades inteiras, conservar sem perspectiva de mudanças os defeitos que estas carregam há décadas, piorar a educação, a saúde, a mobilidade urbana, desestimular investimentos, afrontar os que lhes cobram mudanças com frases grosseiras e desculpas torpes. Mas, ainda assim, candidatam-se à reeleição.
Se é fácil e sensível à população perceber a inércia, a preguiça, a desonestidade, a incúria de muitos de seus políticos, é também fácil ver onde estão o trabalho, a atenção ao interesse social e coletivo, sempre traduzido naquilo que representa a devolução pelo poder público – por meio de ações, obras, direitos – da confiança que receberam para dessa forma se relacionarem com o poder que lhes fora outorgado pelo voto.
Esta é a hora de votarmos nos que queremos que sejam prefeitos e vereadores para os próximos quatro anos. Para não reclamarmos de ninguém cuja escolha nós mesmos fizemos, por direito.
Fonte/Autor: Luiz Brito é radialista