Segundo o IBGE, as mulheres formam a maioria da população brasileira, com 51,5% do total, entretanto, estes números estão longe de refletir a realidade na política.
De acordo com o TSE, após as últimas eleições, em 2016, as Câmaras Municipais de todo o Brasil passaram a contar com quase 57 mil vereadores contra cerca de 8 mil vereadoras, o que representa apenas 12% de mulheres nas casas legislativas das cidades.
Um exemplo desta grande desigualdade de gênero também está em Paulo Afonso. É só verificar quantas mulheres elegeram-se para a Câmara Municipal ao longo da história, desde de quando o município foi emancipado.
Dá para contar nas duas mãos, no máximo. Atualmente existe uma representante, Irmã Leda(foto).
No Brasil, 23% das cidades brasileiras não contam com nenhuma vereadora. Nas eleições de 2020 a realidade pode mudar.
Em Paulo Afonso, embora as convenções partidárias ainda não tenham acontecido, as manifestações de pré-candidatas mostram um grupo forte de mulheres que colocarão seus nomes à disposição do eleitorado. Nesta eleição, estarão buscando assento no Parlamento a sindicalista Esmeralda Patriota, a cantora evangélica Amara Barros, a empresária a estudante de advocacia, Evinha Oliveira, Zara Pimenta, dentre outras
O equilíbrio feminino nas casas legislativas é fundamental. O sistema partidário dá poucos espaços para que as mulheres possam ser, de fato, agentes políticas e fazerem a diferença.
Para a maior parte dos partidos, o número de candidatas serve apenas para completar a cota obrigatória de 30%, exigido pela legislação.
Fonte/Autor: Luiz Brito