Nesses dias de grande calor eleitoral, onde diversos candidatos de várias legendas partidárias estão buscando junto ao eleitorado pauloafonsino votos, notamos em inflamados discursos deles algo sobre a sucessão à prefeitura local como meta futura.
Estão querendo o paço municipal e isso é natural, por parte de grandes ícones da política local, mas uma coisa é ter vontade política em chegar a dirigir os destinos da gestão de uma cidade considerada uma das melhores cidades do Brasil, com uma arrecadação fantástica, infraestrutura de primeiro mundo - alguns céticos não irão aprovar -, localização privilegiada, cânion e cachoeiras que denotam o potencial turístico e um povo alegre e trabalhador, sem contar que quase todos nesta cidade tem hoje uma consciência política aguçada.
A outra é ter habilidade e competência, sem contar com o lado considerado por todos como o maior gargalo para a aprovação popular: A GESTÃO HUMANA E MORAL.
Com embargo, digo que, quase todos podem cometer seus erros mesmo que sejam primários, mas nunca em hipótese alguma, esquecer de tratar bem o povo, pois digo e repito, ninguém é dono de ninguém, todo gestor seja ele qual for e de qualquer esfera, tem uma obrigação de colocar desde o topo hierárquico até o chão fábrica, pessoas preparadas e com habilidade no atender bem as pessoas, sejam em qualquer situação ou necessidade.
Sem contar com o próprio gestor, que o será exemplo para todos, onde fazer corporativismo, conchavos sem noção ética, perseguições aleatórias, imoralidades internas e desvio do erário não está tendo espaço na política brasileira - estamos mudando a cultura da gestão política neste Brasil - , apesar de termos mais de 5.400 municípios, com casos hediondos divulgados pela mídia nacional, onde um percentual de prefeitos ainda utilizam a própria prefeitura em benefício próprio e por tabela os dos seus também.
Mas essa cultura das roubalheiras na gestão pública está tendo seus dias contados, apesar de ser um sonho impossível, pelo menos o povo está de olho, os órgãos de fiscalização também e, de maneira competente e incisiva estão participando de forma ativa na entrada e saída do dinheiro público, a exemplo os Ministérios Públicos Federais e Estaduais, com os Tribunais de Contas fazendo valer seu papel na consolidação da democracia e na forma correta de gerir a coisa pública.
Fonte/Autor: Silvano Wanderley Ferreira