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Opinião

Paulo Afonso - Bahia - 13/11/2017

Vitran X Passageiros

Foto (Divulgação)

Um dos maiores desafios dos novos tempos é a chamada “Mobilidade Urbana”, e para esse importante vetor acontecer faz-se necessário um transporte coletivo eficiente.

Mas para as pessoas deixarem seus carros em casa e irem ao trabalho, à escola ou visitar um parente de ônibus coletivo, esse transporte precisará ter além da eficiência, qualidade, pontualidade, conforto e segurança.

Imaginem então um ônibus urbano novo, com aplicativo que possibilita verificar onde está o veículo que pretende pegar e quanto tempo ele leva para chegar ao seu ponto, elevadores de acessibilidade em toda a frota, catracas eletrônicas ágeis que evita fila de embarque, entre outras melhorias.

Com esta visão de futuro, e diante do sucateamento dos atuais serviços de transporte urbano existentes, a Prefeitura de Paulo Afonso resolveu abrir a concessão de transporte coletivo na cidade para empresas que atendessem a estes requisitos de modernização e benefícios à coletividade. Para isso, fora aberto processo de licitação dando igual direito as empresas interessadas neste mercado participarem e prestarem os serviços.

O certame foi na modalidade preço e técnica, que avaliou o melhor lance e melhores benefícios oferecidos para a população – Carros novos, rastreamento por GPS, aplicativo para smartphones, câmeras de segurança, elevadores para acessibilidade, catracas eletrônicas e outras contrapartidas. A primeira colocada foi a Atlântico e a última colocada foi a Vitran que obteve a menor pontuação na soma dos quesitos licitados.

Participaram três empresas: Vitran, Energia e Atlântico. Em um processo agitado que logo foi contestado pela Vitran (empresa de Paulo Afonso). A mesma entrou na justiça pedindo anulação do processo. Na justiça, o pedido não foi aceito e proclamada com vencedora do certame à empresa Atlântico Transporte e Turismo Ltda. Confirmando a legalidade de todo o procedimento.

Convenhamos que a caducidade da empresa Vitran que explorou o serviço no município por cerca de 30 anos, deu o tom imaginário de que o controle do transporte coletivo era vitalício. Em resumo a empresa Vitória Transportes teve tempo de sobra para modernizar sua frota, oferecer melhores serviços aos seus usuários, mas se acomodou, e nessas circunstâncias cada escolha tem uma oportunidade. Cada queda, um aprendizado. Cada atitude, uma consequência. As queixas  contra a Vitran são várias, mas as mais recorrentes são quanto ao atraso nas linhas e as condições dos veículos colocados à disposição dos usuários.

Passageiros X Vitran

Agora vem um dilema que não será difícil de resolver – Continuar com a velha conterrânea Vitran, só porque ela acha que deve ficar em nome da tradição, ou uma frota novinha em folha com todas as modernidades propostas na contratação?

 

 

Fonte/Autor: Por: Luiz Brito DRT\BA 3.913

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