O fim do imposto sindical previsto na reforma trabalhista enfraquece a estrutura sindical e atinge sobretudo os pequenos sindicatos, que não têm grande número de filiados, segundo sindicalistas ouvidos pelo site. Embora não admitam oficialmente, as centrais sindicais também estão preocupadas. O fim da cobrança consta do texto aprovado nesta quarta-feira (26), no plenário da Câmara. Uma alteração que ainda seria votada na madrugada, porém, poderia fazer com que esse fim não fosse imediato - haveria uma transição que poderia durar até seis anos até a extinção completa da cobrança.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, ressalta que a manifestação prevista para amanhã em todo o País será importante para pressionar contra a reforma trabalhista. "Acabar com o imposto sindical de uma vez será um grande prejuízo para os trabalhadores", diz. Segundo ele, as entidades hoje oferecem serviços de bons advogados, economistas, cursos profissionalizantes e até colônias de férias em parte por causa desses recursos.
"Acabar com a contribuição sindical significa asfixiar os sindicatos", disse o presidente do Sindicato dos Comerciários de Paulo Afonso, Adauto Alves em entrevista ao programa Diário da Manhã, da Rádio Betel FM, desta quinta-feira, (27). "É uma medida com vistas a anular o papel dos sindicatos de trabalhadores".
Fonte/Autor: Por: Luiz Brito DRT 3.913