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Paulo Afonso - Bahia - 15/08/2016

Usain Bolt brilha e é o primeiro tri olímpico dos 100m rasos no Engenhão

(Foto: AFP)
Usain Bolt passeia e corre em direção ao tri olímpico na prova dos 100 m
Usain Bolt passeia e corre em direção ao tri olímpico na prova dos 100 m

Os Jogos Olímpicos têm surpresas. Têm resultados bem óbvios. E têm momentos que todos viram uma vez na TV e sonham em ver de perto. Usain Bolt é um deles. Para o jamaicano, é o tri olímpico dos 100m rasos. Para o público, é a história, o sublime, o desejo. E Bolt fez o que os milhares de espectadores esperavam dele. Ontem à noite, no Engenhão, ele continuou sendo o homem mais rápido do mundo, como é desde 2008 o agora tricampeão olímpico dos 100m. O único tri da história.

Com o tempo de 9s81, deixou o americano Justin Gatlin para trás, em segundo com 9s89, e o canadense Andre De Grasse em terceiro, com 9s91, num final apertado da prova mais empolgante do atletismo. Foi o melhor tempo do jamaicano no ano, ainda que abaixo dos 9s80 de Gatlin. Tempo que daria a medalha de ouro ao americano.

O tricampeão olímpico festejou dando a volta no estádio ao som de Jammin’, do compatriota Bob Marley, com um boneco gigante de pelúcia do mascote Vinícius na mão e um boné amarelo na cabeça. E, tão esperado pelo público ensandecido quanto sua vitória, veio o gesto imortalizado por ele: o Raio. Era a apoteose.

Pouco mais de uma hora antes, Bolt foi para a pista pela primeira vez na noite. O público, em bom número no Engenhão, apesar de uns bolsões vazios, recepcionou o Raio aos gritos de “Bolt! Bolt! Bolt!”. Todo mundo queria ver o jamaicano.

E ele já mostrava que estava, sim, 100% bem. Nas semifinais, alguém queimou a largada. Ufa, não foi Bolt. Era Andrew Fishcer, do Bahrein. Na saída pra valer, o Raio largou atrás – como sempre, devido a sua estatura de 1,92m demora mais de embalar -, passou todos e, faltando cerca de 20m, olhou para os dois lados, viu que estava soberano e aliviou. Marcou 9s84, deixando Andre de Grasse em 2º, com 9s92.

Na semi seguinte, era a vez de Gatlin, o anti-herói, vaiado pelo público somente por ser o cara que poderia impedir a glória de ver o Raio celebrar na pista carioca. O americano fez o que se esperava dele. Venceu com 9s94 e passou para a final aliviando nos metros finais.

 

A corrida final teve equilíbrio, mas nos 10m finais, onde sempre foi imbatível, Bolt tomou a dianteira e passou a linha de chegada batendo no próprio peito. Era, de novo, o dia do Raio. Como tem sido desde Pequim-2008.

Fonte/Autor: Ivan Dias Marques, do Rio de Janeiro (ivan.marques@redebahia.com.br)

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