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Paulo Afonso - Bahia - 06/05/2016

Alunos de escolas públicas de Paulo Afonso festejam o dia municipal da paz na Praça das Mangueiras

Reprodução

O dia 5 de maio está reservado para que a população pauloafonsina mensure, reflita, e tenha ações positivas no enfretamento à violência urbana, pessoal ou contra a família. Infelizmente, só se pode lamentar que ações tão significativas como a que registramos ontem, não tenham o mesmo apelo, em primeiro lugar, midiático, mas também pessoal, em detrimento de temas violentos. 

Se os jovens que compareceram à Praça das Mangueiras e ali desfrutavam a juventude: cantando, dançando, se curtindo, estivessem brigando, certamente hoje todos os sites publicariam, porque a violência vende.

Mas há uma corrente que abraça Cristo, quer nas escolas, na rua ou nas igrejas, felizmente nas famílias que reagem à indiferença, à falta de humanidade e à cultura do descartável, para ficar nas palavras do papa Francisco.

O Poder Legislativo deu exemplo

Pela manhã na Câmara Municipal de Paulo Afonso, numa sessão especial, proposta pelo vereador Regivaldo Coriolano (PT), aprovada por unanimidade, na presença do bispo dom Guido, do juiz Rosalino, e das demais autoridades, os jovens da escola Carlina tocaram música instrumental.

O vereador Albério Faustino (PT), lembrou o tempo de estudante e a situação difícil da escola em que estudou, hoje superada.

“Eu fico feliz em ver como a minha escola reagiu ao descaso, eu venho do Polivalente e digo a vocês, que vocês têm futuro”.

 “Nós também temos como parceira a banda do Carlina, a gente começa hoje mostrando para vocês a importância de gestos simples, de paz, como um aperto de mãe e um sorriso, isso são gestos de paz”, enfatizou a professora Zezé Andrade, coordenadora do Projeto Cultura de Paz da diocese de Paulo Afonso.

O Cultura de Paz se realiza nas escolas públicas, com o apoio da Secretaria de Educação, e também de outras instituições como as igrejas evangélicas, representadas na Câmara por Marcos (do Núcleo Regional de Educação de Paulo Afonso, e representando seis escolas do Território de Itaparica).

“No que diz respeito à melhoria dos nossos alunos fazemos o nosso papel, quero agradecer à comunidade pauloafonsina, aos gestores escolares, e à diocese por nos confiar essa tarefa”, disse a professora Fátima Dias.

Marcos, Adriano e presbítero Maciel, são os representantes das igrejas evangélicas que acompanham o Projeto Cultura de Paz.

“Infelizmente vemos às famílias se esfacelando, e se acabando, ficando para nós: famílias e igrejas a responsabilidade de educar pessoas, e nós sabemos que sem os valores de casa é muito árduo”, desabafou Marcos.

Dom Guido explicou que Cristo não temeu o poder nem a violência, mas os passivos que encontrou. “É como se a morte, que no fundo espera por todos, colocasse sementes destrutivas já dentro da vida”.

O bispo continuou chamando a responsabilidade da igreja, e também das instituições: “Nós não podemos nos corromper a nós mesmos e aos poucos perdermos a consciência do que somos, de onde viemos, para onde vamos, o sentido da alegria e da dor”.

Na praça o que importa é celebrar

Aos jovens – a parte de questões filosóficas, políticas ou sociais – coube celebrar a boa vida, eles que hoje também sentem a insegurança, que veem tantos deles se perderem: cantaram, dançaram e encenaram gestos de paz, sob o olhar dos pais, dos professores e coordenadores das escolas e de algum transeunte que por acaso passou, ainda que fosse para comprar uma pipoca.  Lembrando que o Cultura de Paz segue com programações diversas durante a semana. 

Fonte/Autor: Por Vone Gonçalves

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