Não vou me alongar nesta atualização. E agora, que o carnaval chegou ao fim, aliás sem nenhum incidente digno de nota, imagina-se que o ambiente político comece a dar sinais de definições. Ou não? Pensei em deixar uma mensagem longa para meus três leitores, mas meus pensamentos e ponto de vista podem incomodar muitas pessoas.
A janela
Passado o carnaval a política deverá esquentar nos próximos dias. Um fator importante que antecederá as eleições municipais é a janela que se abrirá para que os detentores de mandato possam trocarem de partido. Deverá ser promulgada no próximo dia 18 de fevereiro, em sessão conjunta do Congresso Nacional (Câmara e Senado), a Lei que permite, por 30 dias, a partir da promulgação, a mudança partidária. Assim deputados estaduais, vereadores e deputados federais poderão ir para as legendas que desejarem sem riscos de caírem na infidelidade partidária. Os cargos majoritários, governadores, prefeitos e senadores, a qualquer momento, podem fazer a troca sem perda de mandato. No entanto, os parlamentares que migrarem para os novos partidos não influenciarão nem nas cotas de distribuição do fundo partidário e nem para o tempo de rádio e televisão durante as eleições de 2016.
Efeito prático em Paulo Afonso
No momento, não vejo como essa “janela” possa mudar muita coisa em PA. O Governo Anilton detém maioria absoluta no Parlamento. Talvez um ou outro vereador deva trocar de partido para irem às legendas teoricamente mais fáceis para tentar as respectivas reeleições. O único caso de que se tem notícia de mudança de legenda é Luiz Aureliano, no mais tudo, como Dantes.
Doce ilusão
Muitos candidatos a vereadores pensam que em partidos pequenos será mais fácil se eleger. Mas não é assim que a banda toca.
Caminho mais fácil
Então, ao contrário do que se imagina, a filiação nos partidos maiores, na realidade, torna as chances de eleição maiores. Partidos como o PT, PDT, e PP possuem uma estrutura melhor para campanha e candidatos mais competitivos para alcançarem o coeficiente eleitoral.
Cobrança
Conversei esses dias com importantes lideranças do PP. Eles querem que o deputado federal Mário Júnior esteja mais presente ao processo de escolha do candidato do partido ou de uma possível coligação para disputar a prefeitura.
Se articulando
Também encontrei alguns que estão convictos de que o presidente da Bahia Pesca Val Oliveira (PP) será o candidato da oposição. Val teve uma votação significativa na última eleição para estadual no município. Um número considerável levando-se em conta o grande número de candidatos.
Racha fatal
Sizinandes e Teles não se unirão em Santa Brígida. São candidatos e ninguém vai querer abrir mão. Se a oposição não conseguir se unir o governo terá muito a comemorar. Um racha definitivo entre Sizinandes e Teles abrirá os caminhos para as pretensões do PT continuar governar o município por mais quatro anos a partir de 2017.
Insanidade
Já tenho visto algumas “agressões” pesadas nas redes sociais. Coisa mesmo de ofender a honra das pessoas. Não são teses políticas, mas ofensas pessoais gratuitas sem o menor nexo. Tudo já projetando a “guerra” das próximas eleições municipais.
Reflexão
Entendo que as pessoas tenham as suas ideologias. Mas o que tenho visto extrapola a questão política. Será que não pensam que seja quem for o político é também um ser humano? Que existem outras pessoas ligadas a ele? Família, amigos etc? O pior é que normalmente esses ataques são puras calúnias, ou seja, mentiras.
Promoção do caos
Quem acredita que vai destruir o seu adversário político através de calúnias está enganado. Na realidade, o fortalece. Pior ainda é quem paga para pessoas promoverem esse tipo achincalhamento público na internet. Todo mundo sabe quem é pago e por quem é pago.
A hora do debate saudável
Qualquer eleição é uma oportunidade para o debate saudável de ideias e propostas. Quem ganha com isso é a população. Esse tipo de postura agressiva depõe contra a política como um instrumento de transformação social. São coisas desse tipo que fazem a cada dia as pessoas comuns se distanciarem mais e mais da política que acaba virando sinônimo de uma coisa suja. Ou se muda esse conceito de campanha difamatória ou então um futuro obscuro à democracia no aguarda numa próxima esquina do tempo.
Fonte/Autor: Por Luiz Brito DRT/BA 3.913