Polícia

Paulo Afonso - Bahia - 09/05/2018

Bahia tem mais homicídios em 4 meses que SP

ARegião
Foto: Reprodução

Segundo a bancada de oposição na Assembleia Legislativa, a Bahia vive  uma “situação de guerra”. A crítica dos deputados faz sentido, já que neste ano, pelos dados da própria Secretaria de Segurança Pública, o estado registrou “apenas” 1.993 assassinatos.

Esta soma de 4 meses na Bahia é mais da metade de todos os homicídios registrados em São Paulo durante os 12 meses de 2017. São Paulo, mesmo tendo uma população 10 vezes maior que a baiana, teve 3.503 homicídios no ano passado.

Neste ano, a média de homicídios de São Paulo, governada pelo PSDB, é de 256 por mês. A da Bahia, comandada pelo PT há quase 12 anos, é de 498, quase o dobro. Segundo a bancada de oposição, nos últimos 10 anos a Bahia registrou 59.570 homicídios.

É uma média de 5.957 por ano contra os 3.503 de São Paulo e número equivalente no Rio de Janeiro. “O que não se admite é que uma situação tão grave como essa seja minimizada pelo governo do estado”, afirma o líder da Bancada, Luciano Ribeiro (DEM). 

Nos últimos três anos do governo Rui Costa 18.893 pessoas foram assassinadas, uma média acima de 6 mil. “Vale ressaltar que o orçamento da Segurança para investimentos em 2017 foi de R$ 131,5 milhões, porém foram investidos apenas 42%”.

A oposição destaca a “chacina” do último feriadão, entre 28 de abril e 1 de maio, quando 28 pessoas foram assassinadas só na Região Metropolitana de Salvador. “Isso não pode ser visto com naturalidade. Milhares de jovens estão morrendo”.

“São números absurdos e é preciso que o governo do estado encare isso de frente, como uma situação a ser combatida”. Segundo o deputado, infraestrutura policial, baixos salários e a estratégia para o combate precisam ser reavaliados.

Para o vice-líder, Leur Lomanto Jr. (DEM) basta verificar o quanto se investiu em outras áreas, a exemplo da educação, para buscar respostas em curto e longo prazo. “Quando vemos números de outras áreas percebemos a lacuna na Educação, que há uma década vive apenas de promessas”.

Entre 2015 e 2017, os recursos investidos em Educação foram de R$ 156,3 milhões. “Neste mesmo período, o estado investiu, nas diversas áreas, mais de R$ 7 bilhões. Educação representou apenas 2%. Ou seja, educação não é prioridade para este governo”.

 


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